A inclusão de pessoas com deficiência também é uma das propostas do Programa de Integridade e Compliance do Governo do Paraná. Desde esta quarta-feira (18), o vídeo que explica como o programa é implantado nos órgãos e entidades do Poder Executivo está disponível em Libras (Língua Brasileira de Sinais), no site da Controladoria-Geral do Estado (CGE), e pode ser acessado tanto por servidores como pela população.
A ação inclusiva foi possível com a parceria entre a CGE e a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, por meio do Departamento de Educação Especial. O vídeo com a tradução em Libras está em conformidade com o que estabelece o Estatuto da Pessoa com Deficiência (lei 18.419/2015), que assegura a essa população o pleno exercício de direito ao trabalho.
A iniciativa da Coordenadoria de Integridade e Compliance é um avanço na implantação do programa, segundo o controlador-geral do Estado, Raul Siqueira. “Este programa é um marco na história do Estado. A administração pública paranaense foi a primeira a implantar a metodologia e envolve todos os servidores estaduais. A tradução em Libras estabelece novos parâmetros na comunicação com os servidores”, afirmou.
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PROGRAMA - O Programa de Integridade e Compliance já começou a implantação em 35 órgãos e entidades estaduais, o que inclui todas as secretarias de Estado. Desses, 13 já têm Plano de Integridade aprovados pela alta administração. “O compliance é voltado ao servidor para promoção da ética e honestidade. É uma metodologia que precisa ser transmitida a todos, pois tem como objetivo final a mudança para uma cultura íntegra no serviço público”, disse Murillo Santos, coordenador de Integridade e Compliance.
Ele explicou que a necessidade da tradução em Libras foi sentida na fase inicial de implantação na Secretaria da Educação e do Esporte, durante as entrevistas com os servidores do órgão ou entidade. As servidoras Katherine Fischer e Aline Kaiser foram auxiliadas pela tradutora de Libras Joana Melegari durante o encontro que tiveram com as agentes de Integridade e Compliance Luciana Abraão, pela Secretaria, e Juliana Xavier de Oliveira, pela CGE.
Luciana contou que as servidoras surdas se sentiram valorizadas por serem entrevistadas em Libras. “A entrevista fluiu e elas ficaram à vontade para responder, sabendo que seriam interpretadas corretamente e pelo acolhimento inclusivo”, comentou a agente.
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Para facilitar a comunicação com todos os servidores, foi decidido traduzir o vídeo de apresentação do programa. “O sucesso da implantação do Compliance está diretamente ligado ao comprometimento do servidor, por isso, queremos atingir o maior número possível com informações precisas e de fácil compreensão”, declarou Santos.