A Universidade Estadual de Londrina (UEL) participa do projeto da Invest Paraná de instalar pontos turísticos de apoio aos viajantes em rodovias estaduais. O modelo já é utilizado pela província-irmã do Paraná, Hyogo, no Japão. O Estado estuda a implantação em 15 pontos turísticos nas rodovias, com o projeto intitulado Ponto Paraná.
A UEL vai desenvolver os Estudos de Viabilidade Mercadológica e Econômico-Financeira dos Projetos-Pilotos Michi no Eki (estações de estrada), em parceria com a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O piloto será feito nos municípios de Morretes (Litoral), São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) e Guarapuava (Região Central). Os resultados subsidiarão as condições para os outros projetos, completando as 15 regiões turísticas programadas.
O Michi no Eki é uma política pública desenvolvida pela Invest Paraná, vinculada à Secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest). O objetivo é instalar uma estação em cada região turística, com infraestrutura para alavancar a geração de emprego e renda dos paranaenses, com foco no desenvolvimento do turismo sustentável e regional.
O desenvolvimento do projeto é um dos componentes do Programa de Vocações Regionais Sustentáveis (VRS), da Invest Paraná, com foco na qualificação e valorização das vocações paranaenses, visando a promoção em âmbito nacional e internacional.
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“A ideia é que elas sejam uma vitrine da região, onde o visitante poderá parar para usar o restaurante ou banheiros e também comprar os produtos locais e conhecer as rotas turísticas”, disse o coordenador do VRS, Bruno Banzatto. “Vamos aproveitar o potencial de mercado por quem passa todos os dias nas rodovias paranaenses”.
O professor Saulo Fabiano Amâncio Vieira, membro do Departamento de Administração da UEL e do Núcleo Interdisciplinar de Gestão Pública da universidade, destaca a importância de fazer um estudo de viabilidade econômica para a implantação das estruturas.
“O projeto vem sendo construído de uma maneira muito cuidadosa. É extremamente importante que se faça esse estudo para que exista a efetividade da aplicação dos recursos dessa política pública que vem sendo desenhada no Estado do Paraná”, disse.
A previsão é que o estudo seja desenvolvido em um período de 12 meses, com a análise de viabilidade mercadológica e a análise de viabilidade econômico-financeira.
CULTURA LOCAL – O Ponto Paraná beneficiará especialmente a comunidade local que, além da geração de empregos, contará com possibilidades de crescimento econômico e consumo de serviços relacionados ao turismo paranaense. A análise de viabilidade mercadológica é composta pela condução de coleta e análise de dados desses municípios paranaenses, visando subsidiar informações para o adequado desenvolvimento do projeto.
Para a secretária de Turismo e Eventos de Guarapuava, Katriane Mila, o estudo identifica o modelo mais adequado para a região e será muito importante para a implantação do projeto. “Estamos muito felizes por termos sido contemplados pelo Ponto Paraná, porque a criação do espaço leva em conta a cultura local e a geração de emprego e renda das comunidades, o que para nós é muito importante”, afirmou.
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MICHI NO EKI – A política pública Michi no Eki surgiu em 1993 no Japão, com a proposta de ser um local único e animado, construído com a comunidade. O ponto concentra instalações para descanso, informações e promoção da região. A proposta da cooperação é que o Paraná seja o primeiro Estado do Brasil a contar com uma rede ao estilo japonês, tendo como diferencial o conforto e a participação ativa da comunidade local.
A idealização de um Michi no Eki tem critérios básicos, como a utilização para relaxamento e lazer dos usuários, de forma integral e gratuita, com estacionamento e toaletes, instalações para crianças de colo e refeitórios. É necessário, ainda, ofertar informações sobre restrições e desvios nas estradas, receptivo turístico, emergências médicas e outros pontos de Michi no Eki existentes.
Os espaços terão um papel fundamental na inclusão da cultura local. A comunidade terá a oportunidade de vender seus produtos, aprimorar o turismo (em especial o sustentável) e a promoção de eventos, além de contar com serviços como correios, agências bancárias e outros. Os locais podem servir, ainda, de refúgio em casos de emergências climáticas.