Transporte ferroviário de
celulose para exportação
pelo Porto de Paranaguá
cresce 26%

Nos primeiros dois meses deste ano foram 2.414 vagões com 154.464 toneladas. No mesmo bimestre em 2020, 1.918 vagões chegaram carregados com 122.752 toneladas do produto de exportação. A celulose é produzida na Unidade Puma da Klabin, no município de Ortigueira.
Publicação
30/03/2021 - 15:00

Confira o áudio desta notícia

O volume de celulose que chega pela ferrovia para descarregar no Porto de Paranaguá está 26% maior. Nos primeiros dois meses deste ano foram 2.414 vagões com 154.464 toneladas. No mesmo bimestre em 2020, 1.918 vagões chegaram carregados com 122.752 toneladas do produto de exportação.

“A participação do modal ferroviário no transporte de cargas para os portos do Paraná está em crescente em todos os segmentos, não apenas na carga geral. Aumentar ainda mais o volume de produtos descarregando de vagões é um dos nossos principais objetivos”, comenta o diretor-presidente da empresa Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Segundo ele, toda a comunidade portuária, assim como o Governo do Estado, está empenhada com diversos projetos e investimentos para essa finalidade.

A celulose exportada pelo Porto de Paranaguá é produzida na Unidade Puma da Klabin, no município de Ortigueira, na região dos Campos Gerais. Segundo a empresa, neste primeiro bimestre foram 137 mil toneladas de celulose exportadas pelo porto paranaense – 104 mil toneladas por Break Bulk (76%) e 33 mil toneladas por contêineres (34%). Europa e Ásia são os principais destinos do produto. 

Além de celulose em fardos, a Klabin também exporta papel em bobinas, tanto pela modalidade Break Bulk como contêineres, pelo Porto de Paranaguá. De papel, o volume movimentado pela empresa neste bimestre foi de 30 mil toneladas.

Segundo Sandro Ávila, diretor de Planejamento Operacional, Logística e Suprimentos da Klabin, no volume total dos produtos exportados por Paranaguá, o modal ferroviário representa 73%. “Porém 90% da celulose em fardos foram transportadas para Paranaguá, por ferrovia”, afirma.

"São muitas variáveis da operação que determinam a utilização dos modais, por isso, é difícil precisar um motivo único para esse aumento. Podemos dizer que o principal guia é a programação dos navios, seja com Break Bulk ou contêineres, a partir dela planejamos as cargas e os modais”, explica Ávila

EXPECTATIVA – A expectativa é que a movimentação de celulose pelo Porto de Paranaguá seja ainda maior quando o novo terminal da Klabin estiver instalado e operando na área primária. Já com a licença de instalação desde o final de 2020, no início deste mês a empresa realizou a audiência pública para apresentar o Estudo de Impacto de Vizinhança.

“Será um novo terminal que reafirma o compromisso da Klabin com o Porto de Paranaguá e comprova que o crescimento na exportação da Klabin será com o Porto”, afirma o diretor de Planejamento Operacional, Logística e Suprimentos.

Segundo Ávila, a audiência organizada de forma virtual foi transmitida em tempo real e contou com a participação e contribuição de diversos setores. “Apresentamos o projeto de construção de uma passarela na Avenida Portuária, no principal ponto de cruzamento ferroviário e muito aguardada pela população por ser, também, o local de travessia dos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPA’s) para acessar o porto”, conta.

De acordo com o diretor da Klabin, a passarela beneficiará cerca de 2.800 trabalhadores por dia e, além de melhorar e agilizar o fluxo dos pedestres, aumentará a segurança desses profissionais no trajeto de acesso ao porto.

A partir da audiência pública, realizada no último dia 3, a empresa está no período regulamentar de 30 dias para a emissão do Alvará de Construção do novo terminal. “Com isso, devemos estar aptos para início efetivo das obras, respeitados os decretos relativos à pandemia. A obra tem previsão de duração de 15 meses”, garante o representante da Klabin.

ÁREA – Denominada PAR1, a área do novo terminal da Klabin no Porto de Paranaguá terá 27.530 metros quadrados com conexões viárias e ferroviárias e, após os investimentos, poderá atingir a capacidade de movimentar 1,2 milhão de toneladas por ano. A estimativa é que a nova área do armazém totalize 15 mil metros quadrados dedicados à armazenagem e 6,6 mil metros quadrados para alocação dos ramais ferroviários, totalizando aproximadamente 21,6 mil metros quadrados – sem mencionar a área destinada às manobras das empilhadeiras.

A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, vai administrar um terminal destinado à movimentação de carga geral, em especial celulose. O contrato de exploração de área é de 25 anos (prorrogáveis por mais 45 anos). A empresa pretende fazer investimentos de R$ 130 milhões no local e gerar renda e mais trabalho desde a construção, para a região.

GALERIA DE IMAGENS