Equipes da Portos do Paraná e do Consórcio Boskalis/ Fabio Bruno/Sli/Dec realizaram nos últimos dias visitas a comunidades de ilhas do Litoral do Paraná para falar sobre a obra de desmonte de rochas (derrocamento), que acontecerá no Porto de Paranaguá.
Os profissionais foram de porta em porta, em casas e comércios, para conversar com moradores locais sobre como acontecerá a remoção de um pequeno pedaço do maciço rochoso conhecido como Pedra da Palangana.
A ação aconteceu nas ilhas do Valadares, Teixeira, Europinha, Amparo, Eufrasina Piaçaguera e São Miguel. Além de entender como será a obra, a necessidade para segurança ambiental e o cronograma de atividades, os pescadores, comerciantes e familiares foram alertados sobre notícias falsas divulgadas através de redes sociais. Fake News mentiam, por exemplo, ao informar que a Ponta da Cruz seria destruída e que o canal da Cotinga seria fechado.
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Para o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana, a visitação nas comunidades demonstra o respeito que o porto tem pelos moradores. “Essa conversa os ajuda a entender a derrocagem e todos os cuidados que estão sendo tomados para que o ambiente em que vivem seja afetado da menor forma possível. A obra é importante para diminuir os riscos de acidentes à navegação”.
CUIDADOS AMBIENTAIS – As equipes explicaram, em detalhes, as medidas de mitigação serão adotadas para a realização da obra. Em uma primeira etapa, é feita pelos mergulhadores a identificação das tocas, retirada dos peixes e tamponamento das tocas na rocha.
O protocolo de avistamento de mamíferos marinhos prevê quatro observadores de bordo. Se houver a visualização de animais nas proximidades, as detonações são paralisadas, até que se afastem do local. Peixes, tartarugas e mamíferos são afugentados, também, através de detonação antecipada de cargas reduzidas e uso de dispositivos acústicos. Após cada detonação ocorrerão vistorias para encontrar animais debilitados que, caso localizados, serão coletados e direcionados para reabilitação.
Um dia antes do início das detonações, haverá instalação de redes espinheis com anzóis circulares, para não machucar os animais. Aqueles que forem capturados serão medidos, transportados e soltos em outra área na Baía de Paranaguá. A obra vai contar com tecnologia de ponta para proteger animais marinhos. Uma cortina de bolhas será acionada antes de cada detonação, provocando uma barreira de isolamento físico e acústico no entorno das rochas.
NAVEGAÇÃO – Durante o tempo da obra, a circulação de pequenas embarcações não será impactada e não será obstruído o acesso ao canal da Cotinga. Quatro boias de sinalização estão instaladas ao redor da obra e avisos sonoros serão utilizados para alertar sobre a detonação: 20 minutos antes, 5 minutos, 1 minuto e de forma interrupta até o término.
SOBRE A DERROCAGEM – A dragagem por derrocamento é a remoção de um pequeno pedaço do maciço rochoso – um volume de 22,3 mil metros cúbicos – das formações conhecidas como a Pedra da Palangana. O complexo todo tem mais de 200 mil metros cúbicos e a ação atinge apenas 12% da pedra. A obra é aguardada há anos por toda a comunidade portuária, pois os picos de pedra oferecem riscos à navegação e ao meio ambiente.
LICENÇA AMBIENTAL - A obra segue todas as exigências do órgão ambiental máximo federal, com licença ambiental emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A execução está inserida na licença de instalação 1144/2016, da dragagem de aprofundamento de 2017.
TRANSPARÊNCIA: A Portos do Paraná disponibiliza uma página especial sobre o assunto, com o cronograma completo das obras, neste site. Mais informações sobre a derrocagem podem ser obtidas através do 0800 041 1133 ou pelo e-mail ouvidoria.appa@appa.pr.gov.br.