A Portos do Paraná retomou, nesta semana, as atividades de monitoramento ambiental, engenharia e comunicação relacionadas à obra de dragagem para desmonte de rochas (derrocamento) de uma pequena parcela do volume rochoso conhecido como a “Pedra da Palangana”. Nesta sexta-feira (20), a empresa pública colocou no ar um site com informações completas sobre todo o processo, incluindo vídeo explicativo, perguntas e respostas, materiais gráficos, matérias e histórico.
No local, está disponibilizado, inclusive, o cronograma para a obra que foi atualizado pelo Consórcio Boskalis/Fabio Bruno/Sli/Dec, ganhador da licitação, responsável pela execução do empreendimento. Anúncios, spot de rádios também já começam a circular na mídia local.
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ENGENHARIA – No acesso ao porto, na altura da Pedra da Palangana, embarcações e boias já estão posicionadas, porém não é para o início imediato da obra. A mobilização ocorre para a testagem dos equipamentos de proteção que serão utilizados.
Nesta sexta-feira, o consórcio responsável realiza o teste da cortina de bolhas, medida de mitigação que será utilizada durante as obras. Trata-se de um dispositivo formado por tubos perfurados, por onde é bombeado ar através de compressores. Esses tubos serão dispostos sobre o leito marinho, e as bolhas oriundas do ar bombeado formarão uma cortina de bolhas no entorno de uma área pré-determinada. Essa cortina tem como objetivo atenuar a propagação da onda de pressão na coluna d’água, buscando mitigar os possíveis impactos do desmonte das rochas à fauna local.
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AMBIENTAIS – Na última segunda-feira (16), foram reiniciados os monitoramentos ambientais. Neste momento que antecede a obra, os programas incluem o monitoramento da comunidade planctônica, bentônica, ictiofauna, carcinofauna, cetáceos e quelônios, além do tamponamento das tocas localizadas na Pedra, do monitoramento de ruídos aquáticos e a comunicação social.
Novas visitas serão feitas às comunidades pesqueiras para esclarecer possíveis dúvidas restantes, iniciando nesta sexta-feira (20), na Vila Guarani e Ilha dos Valadares.
MONITORAMENTO – Além da continuidade dos demais programas de monitoramento, durante a obra ainda haverá acompanhamento da variação de pressão da coluna d’água. Antes de cada desmonte, durante a noite, redes de pesca serão colocadas próximas às rochas e os peixes capturados serão transferidos para longe do local das obras.
Mergulhadores também vão verificar a presença de animais e tocas, seguindo todos os cuidados para garantir-lhes bem-estar e segurança. Observadores de bordo farão o avistamento de botos e golfinhos antes e durante as obras. Se um animal se aproximar a uma distância inferior a 1.000 metros da obra ela será paralisada.
OBRA - A área de desmonte das rochas está localizada no canal de navegação, sendo destinada para acesso dos navios ao porto e, por motivos de segurança, a pesca é proibida pela Marinha. Ainda assim, todas as prevenções para evitar acidentes serão adotadas e as atividades terão o apoio da Capitania de Portos para impedir o fluxo de pequenas embarcações nos momentos de desmonte.
O trabalho será realizado para subtrair um volume de 22,3 mil metros cúbicos das formações rochosas, que correspondem a 12% do total da Pedra da Palangana. A ação está licenciada pelo Ibama (licença de instalação 1144/2016, da dragagem de aprofundamento de 2017).
Todo o processo deve durar cerca de oito meses. A obra compreende a mobilização dos equipamentos, perfuração, desmonte e remoção das rochas.