O Paraná se destaca como segundo maior exportador de mel in natura neste início do ano. Nos dois primeiros meses, já enviou 2.039 toneladas para o Exterior. Esse é um dos temas analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Departamento de Economia Rural, da secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 13 a 19 de março.
Nos dois primeiros meses de 2021, o Brasil exportou 8.891 toneladas de mel in natura. O volume é 112,4% superior às 4.186 toneladas do mesmo período em 2019. O faturamento cresceu de US$ 8,121 milhões para US$ 29,151 milhões (358,95%). Os dados são do Agrostat Brasil, ferramenta que reúne números de exportação e importação de produtos agropecuários.
Neste cenário inicial do ano, o Paraná se destaca como segundo maior exportador. Foram 2.039 toneladas do produto in natura enviadas para o Exterior, com receita cambial de US$ 6,360 milhões, um crescimento de 35,2% no volume e de 133,6% no faturamento, em comparação com os meses de janeiro e fevereiro de 2020. O Piauí está na primeira colocação, com 2.825 toneladas e recursos de US$ 9,830 milhões.
Como no ano passado, os Estados Unidos continuam como principal destino para o mel brasileiro, com 87% do volume exportado. Em seguida vem, pela ordem, Alemanha, Canadá, Países Baixos, Reino Unido e Panamá.
Durante todo o ano de 2020, o Brasil exportou 45.728 toneladas, um volume 50,5% superior ao obtido no ano anterior. O faturamento nacional foi 44,1% maior, chegando a US$ 98,560 milhões. Nesse cenário, o Paraná ocupou a terceira colocação, com 9.230 toneladas e a entrada de US$ 18.238 milhões em recursos.
FEIJÃO E MANDIOCA – A segunda safra do feijão está com 97% plantados até o fim desta semana. Em campo, 86% apresentam condições boas e 13% medianas. Em relação ao preço médio, os produtores paranaenses do feijão classe cores receberam 2,2% a menos em relação à semana anterior, já o classe preto mantém o mesmo patamar.
A colheita de mandioca avançou durante a semana no Paraná e, consequentemente, aumentou a oferta de matéria-prima às indústrias de fécula e de farinha. No entanto, o boletim do Deral aponta que, aos produtores, isso representou uma queda no preço, que está 19% menor comparado a outubro de 2020.
MILHO E SOJA – O plantio da segunda safra de milho atingiu 72% da área estimada de 2,4 milhões de hectares, com recuperação do atraso que vinha se observando em razão das condições climáticas. Da primeira safra, a colheita alcançou 64% da área prevista de 360 mil hectares.
Em relação à soja, o boletim destaca a colheita de 58% da área semeada na safra 2020/21. No entanto, mesmo com esse avanço, os trabalhos ainda estão atrasados em comparação com anos anteriores. Em 2019, por exemplo, neste mesmo período, 75% da área cultivada já estavam colhidos.
OUTROS PRODUTOS – O documento preparado pelos técnicos do Deral traz, ainda, análise sobre o impacto do reajuste de 11% determinado pelo governo federal para os preços mínimos do trigo na região Sul do Brasil. Da mesma forma, discorre sobre as consequências do cenário pandêmico na produção e mercado do leite em termos mundiais.
Sobre a produção de batata no Paraná, a informação é de que 93% da área já está plantada, com previsão de colheita de 352 mil toneladas, o que elevaria em 20% o volume em relação ao período anterior. O boletim inclui também dados da produção suína paranaense e brasileira em 2020.