Após quatro meses de tratamento, uma jaguatirica atropelada na BR-277 foi reinserida na natureza nesta sexta-feira (2), na região dos Campos Gerais. O encaminhamento do animal ao Instituto Ika, que cuidou dos ferimentos, foi realizado com apoio do Instituto Água e Terra (IAT), acionado pela concessionária Caminhos do Paraná.
O animal foi encaminhado com muitas escoriações, inclusive na cabeça. O médico-veterinário Robson Carlos Klimionte, que participou do atendimento, afirma que foi um processo lento de reabilitação. “Mas aos poucos o animal apresentou melhoras, ganhou peso e estava estressado já em ambiente de cativeiro, então decidimos por devolvê-lo à mata, próximo do local onde foi resgatado”, disse.
O Ika está em trâmites finais para se tornar um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Será o primeiro do Estado, instalado nos Campos Gerais. Neles ocorrem atendimentos de maior complexidade, com estrutura completa para o tratamento de fauna vitimada no local, sem a necessidade de transferências para centros maiores.
Para atender a fauna vitimada, por acidentes ou até mesmo resgatados em fiscalizações, o IAT está oficializando parcerias com instituições para se tornarem Cetas e CAFS (Centros de Apoio à Fauna Silvestre).
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Os CAFS oferecem atendimento médico-veterinário de menor complexidade, mas fundamental para a reinserção dos animais ao habitat natural, principalmente após eventos como incêndios florestais, desastres naturiais e maus-tratos.
“São unidades de extrema importância, principalmente para a fauna vitimada, pois garantem os cuidados necessários como assistência médico-veterinária”, afirmou a bióloga e chefe do setor de fauna do IAT, Paula Vidolin.
ATENDIMENTO – O primeiro atendimento a animais atropelados em rodovias com pedágio é de responsabilidade das concessionárias. O procedimento é informar o órgão ambiental estadual para o transporte a uma instituição qualificada. Nas vias estaduais o apoio é realizado em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR).