O Escritório Regional do Instituto Água e Terra (IAT) de Umuarama, no Noroeste do Estado, realizou somente neste ano a apreensão e a soltura de mais de 250 aves. Elas foram apreendidas por maus-tratos, captura ilegal, adulteração de anilha, entre outros crimes. O IAT é vinculado à Secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest).
Nesta quarta-feira, o secretário Márcio Nunes participou da soltura de 17 aves, entre trinca-ferro, coleirinha, patativa, canário-terra, melrol, sabiá, irauna-grande, e curió.
O secretário também visitou o viveiro do IAT na cidade, onde são produzidas espécies frutíferas nativas, fundamentais para a alimentação de aves. “Plantar árvores frutíferas é uma forma de garantir que as aves não precisem ir até às áreas urbanas em busca de alimentos”, disse.
Ele destacou a importância do programa Paraná Mais Verde, que já distribuiu mais de 3 milhões de mudas desde 2019, permitindo a restauração de uma área aproximada a 1.830 campos de futebol.
“O trabalho para produzir essas mudas vai desde a coleta de sementes, passando pela produção da planta nos viveiros de maneira que ela esteja pronta para ser levada à natureza, para então conseguirmos a recuperação de uma área”, afirmou Nunes.
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O Paraná possui 19 viveiros e dois laboratórios de sementes com a produção de 100 espécies nativas. No viveiro de Umuarama, as árvores frutíferas mais produzidas são jabuticaba, pitanga e gabiroba. A unidade também produz angico, urucaia, pau d’alho, capixingui, ipê, entre outras.
AVES – As aves silvestres apreendidas tinham todas as características de animais retirados de vida livre. Após serem resgatados, esses animais passam por uma avaliação e, quando consideradas aptas, têm retorno autorizado à natureza. O procedimento de soltura é feito com cautela e avaliação de uma série de fatores, como estresse, localização geográfica, bioma, entre outros.
“É uma ação muito importante que o IAT vem fazendo de fiscalização aos crimes de animais. Muitos acabam até morrendo pelas condições em que vivem. Prover a soltura e a devolução dessas aves à natureza oferece uma gratificação muito grande”, destacou o chefe regional do IAT em Umuarama, Felipe Furquim.
Caçar, apanhar, manter em cativeiro e comercializar espécies nativas e silvestres sem autorização são considerados crime, previsto na Lei nº 9.605/1998. A penalidade no caso de aves ameaçadas de extinção, como o curió, por exemplo, é de multa de R$ 5 mil por ave.