O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, orienta a população e turistas a não retirarem do local a ossada ou fragmentos dos ossos da baleia-fin (Balaenoptera physalus), encontrada morta na Ilha do Mel na última terça-feira (21). Este é o primeiro registro oficial de aparecimento deste tipo de baleia no Paraná. A baleia-fin é a segunda maior espécie do oceano, menor apenas que a baleia-azul.
O animal foi encontrado pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, parceiro do IAT nos cuidados com a fauna marinha, após um acionamento da população. Estava já em estado de decomposição. Técnicos do projeto identificaram o espécime como um macho, de quase 20 metros pesando cerca de 40 toneladas.
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O aparecimento da baleia traz um grande potencial de descobertas para a comunidade científica, afirma a bióloga do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (LEC/UFPR), Camila Domit. “É uma oportunidade de descobrirmos mais sobre esta espécie, que está ameaçada de extinção, como informações sobre a origem do animal, a condição de saúde e a população de origem da espécie”, explicou.
O laboratório da universidade reitera, ainda, que devido ao desconhecimento da causa da morte do animal, o contato com a carcaça pode acarretar doenças associadas ao estado de putrefação.
COLETA E MANEJO – Cerca de 60 pessoas participaram da operação de manejo do animal, entre biólogos, oceanógrafos, veterinários, servidores da prefeitura de Paranaguá. Foi coletado material biológico para realizar a necropsia e definir a causa da morte. A etapa seguinte é a escavação de uma cova para enterrar a carcaça.