O Paraná ativou um total de 1.447 novos leitos exclusivos para tratamento da Covid-19 somente no mês de março, período que registrou a maior alta de casos e óbitos em decorrência do coronavírus desde o início da pandemia. Dos leitos, 493 são de UTI e 954 de enfermaria, todos destinados a adultos. O total de ativações no Estado em março é o equivalente a mais de 14 hospitais de campanha de 100 leitos cada.
Com a ampliação, o Paraná dispõe de um total de 4.712 leitos ativos: 1.794 de UTI adulto, 2.896 de enfermaria adulto, 22 de UTI pediátrica e 34 de enfermaria pediátrica. Na prática, são 47 hospitais de campanha. A diferença é que, quando os novos leitos são integrados a um hospital já existente, os pacientes dispõem de infraestrutura e equipe médica já consolidados no local, aumentando os cuidados com os pacientes.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior disse que a ampliação da capacidade do sistema de saúde do Estado é um esforço contínuo e eficaz durante a pandemia. “Um hospital de campanha, solução muito utilizada em algumas regiões do Brasil, tem em média 40 leitos de UTI e 60 de enfermaria. Essa estrutura fica embaixo de uma lona, muito diferente dos nossos hospitais”, afirmou.
Ele destacou que o número de leitos existentes dobrou no Estado durante esse período de emergência em saúde pública. "Priorizamos desde o começo da pandemia a formatação de uma rede mais completa. É o maior aumento de leitos da história do Paraná", disse Ratinho Junior. “Apenas em março, chegamos a abrir quase 1.500 novos leitos exclusivos Covid-19. Isso representa mais de 14 hospitais de campanha em número de leitos: é um volume gigantesco”.
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O secretário da Saúde, Beto Preto, explicou que o Governo do Estado optou por não ter hospitais de campanha no Paraná, e utilizar a estrutura dos hospitais. “São 62 hospitais na nossa rede, e o resultado tem sido muito bom, porque conseguimos otimizar estruturas que já existiam. É menos complicado um hospital já existente trazer novos médicos para compor sua equipe de plantonistas em uma UTI do que abrir um hospital do zero. Queremos que a nossa medicina seja protagonista desse momento da história”, afirmou o secretário.
MACRORREGIÕES – A macrorregião Leste foi a que mais teve abertura de novos leitos no mês. Foram 282 de UTI e 463 de enfermaria. Curitiba foi a cidade com maior abertura de leitos: foram 130 de UTI e 388 de enfermaria – sendo 240 apenas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital.
Só no Hospital do Rocio, em Campo Largo, foram ativados 52 novos leitos de UTI na última segunda-feira (29), aumentando em 36,3% a capacidade de atendimento da ala Covid-19 do hospital (que atualmente representa 90% de toda sua estrutura). No total, o hospital tem 195 UTIs e 314 leitos de enfermaria exclusivos.
“Em Paranaguá, por exemplo, conseguimos fazer uma mudança da estrutura das enfermarias para dentro de outra ala do hospital, e com isso passamos a 35 leitos de UTI no Hospital Regional do Litoral”, ressaltou Beto Preto.
Na sequência, o Noroeste conta com 89 novas vagas em UTIs e 185 em enfermarias. Apenas em Maringá, foram ativados 23 novos leitos de UTI e 69 novas enfermarias, divididos entre o Hospital Municipal, Hospital do Câncer e Hospital Santa Rita. Na região, as cidades de Colorado, Umuarama e Paranavaí também tiveram ativações.
O Oeste, por sua vez, ativou 85 novos leitos de UTI e 113 de enfermaria. Em Cascavel, terceira cidade do Estado com mais leitos abertos no período, foram 5 leitos de enfermaria e 42 leitos de UTI – dos quais 32 foram no Hospital Universitário do Oeste do Paraná, totalizando 70 leitos exclusivos para Covid-19.
Já a macro Norte teve 37 leitos de UTI e 193 de enfermaria. As vagas foram distribuídas entre Londrina, Cornélio Procópio, Ivaiporã, Santo Antônio da Platina, Bandeirantes, Cambé e Arapongas.
VACINAÇÃO – O secretário Beto Preto reforça que a ampliação da capacidade do sistema de saúde é apenas uma das estratégias para enfrentar o coronavírus. O foco do Paraná, no momento, é na solução a longo prazo: a vacinação. “Não é apenas a abertura de leitos que vai nos ajudar. Neste momento, nossa prioridade é vacinar”, afirmou.
Na terça-feira (30), o Paraná ultrapassou o marco de 1 milhão de paranaenses vacinados. Até a manhã desta quarta-feira (31), foram aplicadas 1.083.229 primeiras doses e 231.731 doses de reforço, completando a imunização.