O governador Carlos Massa Ratinho Junior concedeu uma entrevista nesta terça-feira (30) ao programa Jornal da Manhã, na Rádio Jovem Pan, e destacou a campanha lançada pelo Governo do Estado para ampliar a vacinação de domingo a domingo, que já no primeiro fim de semana trouxe bons resultados no Paraná, com a adesão da maioria dos municípios.
“Neste fim de semana, de cada cinco brasileiros vacinados, um era paranaense. Com apoio dos prefeitos vamos ganhar escala na vacinação para imunizar o maior número de pessoas possível”, disse. “Estamos recebendo toda a semana novas remessas de vacina, nesta semana devem vir mais doses, o que permitirá que mantenhamos o ritmo de vacinação dos grupos prioritários”.
Ele também comentou sobre a negociação do Estado com laboratórios para aquisição de vacinas, mas destacou o trabalho do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na produção e fornecimento ao Programa Nacional de Imunização. “Desde o ano passado estamos em contato com laboratórios internacionais, tivemos conversas com vários deles, e só compraremos uma vacina aprovada pela Anvisa. Mas quem vai salvar os brasileiros da pandemia são a Fiocruz e o Butantan. Há uma demanda grande por vacinas no mundo todo, e os nossos laboratórios estão ampliando o volume de produção para atender o País”, afirmou.
LEITOS – O governador também destacou a abertura de novos leitos exclusivos para atender pacientes com Covid-19 neste momento de escalada da pandemia no Estado. “A nova cepa é mais voraz, mais perigosa e transmissível e aumentou a demanda por leitos, além de atingir pacientes mais jovens. Estamos vivendo um novo momento da doença, muito diferente do que era há um ano”, disse. “Para dar conta, temos aberto novos leitos todos os dias, em todas as regiões. Somente o que abrimos neste mês de março daria para montar vários hospitais de campanha, mas com a diferença que são ambientes muito mais adequados”, explicou.
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Segundo ele, neste um ano de pandemia o Paraná dobrou o número de leitos de UTI no Estado e acelerou a construção de três hospitais regionais, em Guarapuava, Telêmaco Borba e Ivaiporã. Também potencializou a estrutura dos hospitais universitários para ampliar o atendimento em todas as regiões, descentralizando as estruturas de saúde. “Mas tudo isso esbarra em um problema, que são os profissionais especializados para trabalhar nessas unidades. Não adianta ter equipamento de ponta se não tiver gente para trabalhar, e os profissionais de saúde estão esgotados”, ressaltou.
Ratinho Junior também destacou as medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus, adotadas tanto pelo Estado como por municípios. “É muito duro tomar uma decisão como essa, ter que frear a força do Estado, de uma cidade. É algo extremamente doloroso, mas as medidas são baseadas na taxa de transmissão, que estava muito alta em algumas regiões. Com isso, já conseguimos derrubar a transmissão, mas o resultado demora para aparecer”, afirmou.
De acordo com o governador, as medidas de restrição foram tomadas pontualmente, em concordância com os municípios, levando em conta as diferenças entre eles. “Fizemos restrições regionais, não fechamos os 399 municípios e alguns setores continuaram funcionando. É um afinamento difícil de fazer no dia a dia devido à complexidade dessa decisão e as realidades diferentes em cada cidade”, arrematou.