Representantes das três entidades sociais vencedoras do Prêmio Ação Solidária Paraná de 2020 foram recebidos no Palácio Iguaçu, nesta quinta-feira (16), para a entrega do troféu e certificado de reconhecimento da competição de solidariedade promovida pelo Governo do Estado. A cerimônia simbólica, comandada pela primeira-dama e presidente do Conselho de Ação Solidária, Luciana Saito Massa, aconteceu um ano após a conclusão do concurso, visto que a maioria dos paranaenses já está vacinada contra a Covid-19 e os números da pandemia estão mais controlados.
As instituições ganhadoras se destacaram no desenvolvimento de projetos e ações voluntárias com foco na mitigação dos impactos da Covid-19 no Paraná. A Pastoral da Criança conquistou a categoria Saúde, a Associação Evangélica Cristo Redentor Unidade Dorcas foi a melhor na seletiva de Educação e a Cufa Paraná (Central Única das Favelas) conseguiu o primeiro lugar em Necessidades Básicas.
O prêmio foi concebido por meio da Superintendência Geral de Ação Solidária (SGAS) e contou com a participação de 120 instituições. A eleição ocorreu em um sistema misto que envolveu votação popular e avaliação de um comitê formado por membros do Conselho de Ação Solidária e servidores das Secretarias de Estado da Educação e do Esporte, Saúde e Justiça, Família e Trabalho.
“É uma alegria poder fazer, finalmente, a entrega da premiação para essas instituições tão importantes para os paranaenses. Criamos essa competição solidária em 2020 com o objetivo de reconhecer as entidades que se reinventaram e promoveram atividades voluntárias durante a pandemia. O prêmio dá visibilidade a projetos que tiveram impacto para a população neste período de crise”, disse a primeira-dama Luciana Massa.
De acordo com ela, a iniciativa também valoriza os projetos sociais realizados por instituições do terceiro setor, concedendo reconhecimento para essas causas. “O Prêmio Ação Solidária de 2020 ajudou a gerar engajamento nas comunidades e nos municípios. A sociedade paranaense é sempre muito solidária e desta vez não foi diferente”, ressaltou.
O concurso, apontou Luciana Massa, recorda, ainda, o Dia Internacional do Voluntário e o Dia Internacional da Solidariedade Humana, comemorados em dezembro. Ela também ressaltou que o Nariz Solidário, grupo de atuação sem fins lucrativos, ajudou na concretização do prêmio. Com a generosidade dos palhaços, voluntários buscam humanizar e ressignificar as relações norteadas pela arte da palhaçaria no processo terapêutico de pacientes internados em hospitais.
Segundo Eduardo Roosevelt, presidente do Nariz Solidário, a ideia foi elaborada de forma conjunta. “Quando o Estado é parceiro e incentiva a causa do trabalho voluntário todos ganham. Tenho certeza de que juntos fizemos a diferença na vida de muita gente”, falou.
SAÚDE – A Pastoral da Criança concorreu na área da Saúde com ações desenvolvidas junto às famílias em situação de vulnerabilidade social. Por meio do AppVisita Domiciliar e um material de “E-capacitação” sobre o coronavírus, a instituição levou para a população informações e atendimentos específicos sobre o enfrentamento da pandemia.
A Pastoral da Criança também disponibilizou uma ferramenta para organizar redes de solidariedade em comunidades, facilitando as ações e minimizando os riscos. Cerca de 1.100 pessoas receberam, diariamente, conteúdos e mensagens via correio do aplicativo. A instituição acompanha, apenas no Paraná, 87.093 crianças e 4.582 gestantes, em 2.683 comunidades de 291 municípios, por meio de 7.796 voluntários.
Presidente da Pastoral da Criança, Dom Elio Rama reforçou que o aplicativo foi a maneira encontrada para levar em frente os trabalhos desenvolvidos pela instituição. “Essa foi uma alternativa para mantermos o acompanhamento dessas famílias”, salientou.
A premiação é um orgulho para a instituição, conforme o coordenador Nacional da Pastoral da Criança, Nelson Arns Neumann. “Após tomar conhecimento da vitória, voluntários de todo o Brasil nos contataram e demonstraram a felicidade em fazer parte deste trabalho. É realmente uma enorme satisfação”, celebrou.
EDUCAÇÃO – Idealizado por membros da igreja luterana Comunidade do Redentor em Curitiba, o projeto Dorcas – que nasceu em 1996 – conquistou o prêmio na categoria Educação. Os participantes auxiliam famílias em situação de vulnerabilidade social de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, principalmente com atividades educacionais, esportivas e capacitação de jovens e adultos.
O reconhecimento é pela promoção de um sistema de atividades para as crianças e adolescentes, via WhatsApp, e o desenvolvimento de aulas online de música, inclusive com o empréstimo de instrumentos para garantir a continuidade do interesse das crianças. Também realizou a entrega de cestas básicas a 325 famílias, distribuiu itens de higiene e limpeza e ofereceu atendimento psicológico e social a centenas de pessoas.
Atualmente, 207 famílias contam com o atendimento de voluntários da instituição.
Segundo Darclê Susan Westphal da Cunha, diretora executiva da Dorcas, o trabalho é voltado especialmente para o combate à evasão escolar. “Queremos ajudar a transformar a vida de crianças, adolescentes e suas famílias por meio da formação educacional. O objetivo é que todos completem o ensino básico, possam se qualificar profissionalmente e concorrer no mercado de trabalho”, disse. “É gratificante receber uma premiação por uma iniciativa na área educacional, que é essencial para a evolução de todo cidadão”.
NECESSIDADES BÁSICAS – A Cufa atua nacionalmente em atividades desenvolvidas nas favelas e foi a vencedora na categoria Necessidades Básicas com o projeto Mães da Favela. A organização distribuiu cerca de R$ 13 milhões em doações de alimentos em seis meses de atendimento, em conjunto com parceiros da iniciativa privada. Em média, a entidade atendeu 221 mil pessoas por mês em mais de 500 comunidades de 25 municípios do Estado.
“Para nós é um reconhecimento importante de um trabalho árduo, que envolve instituições, voluntários e doadores. Juntos, batalhamos para que não faltem alimentos na mesa das mães paranaenses”, destacou o presidente da organização no Estado, José Antônio Campos Jardim.
No Paraná, a Cufa também elabora projetos sociais, culturais, desportivos e de empreendedorismo. A instituição é responsável, por exemplo, pela Taça das Favelas, Conexão Cultura, Fórum Paranaense das Favelas e Viradão Esportivo.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – As iniciativas inscritas precisaram atender a pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), como erradicação da pobreza, promoção de saúde e bem-estar, estímulo a cidades e comunidades sustentáveis e fortalecimento da paz e da justiça.
PRESENÇAS – Também participaram do evento o superintendente do Esporte, Helio Wirbiski; a chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Educação, Silvana Avelar; o diretor de Justiça da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Antônio Devechi; e os membros do Conselho de Ação Solidária Luciana Burko, Rogério Tonetti, Mara Sperandio e Maró Barreto.