Com Cartão Futuro, governo prevê a contratação de 20 mil aprendizes e a redução da evasão escolar 

Programa, que está sendo apresentado em todo Estado, paga uma parte do salário de estudantes entre 14 e 21 anos contratados pelas empresas. Regiões com maior abandono escolar estão sendo visitadas para cadastramento de alunos. 
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22/10/2021 - 16:20

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As secretarias estaduais da Justiça, Família e Trabalho; da Educação e do Esporte; e a Casa Civil estabeleceram uma parceria para abrir oportunidade a estudantes da rede estadual do Paraná aliarem formação técnica, profissional e remuneração mensal sem que precisem deixar o estudo formal. É o Cartão Futuro, um programa do Governo do Paraná que incentiva a manutenção e a contratação de jovens aprendizes por empresas paranaenses. 

Pelo programa, o governo paga uma parte do salário de estudantes entre 14 e 21 anos contratados pelas empresas. Com isso, abre as portas para o primeiro emprego e ainda ajuda a combater o abandono escolar. 

O Governo do Estado vai disponibilizar R$ 57,8 milhões em subsídios para o programa, sendo R$ 50 milhões do Fundo da Infância e Adolescência (FIA), deliberados pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), e o restante do Fundo Estadual de Combate à Pobreza.

A expectativa é que o Cartão Futuro incentive a contratação de 20 mil aprendizes, preferencialmente em microempresas e empresas de pequeno porte, que não são obrigadas por lei a empregar jovens aprendizes. E que possibilite a manutenção de até 15 mil contratos de trabalho já em andamento.

CORPO A CORPO – O programa está sendo apresentado em escolas, empresas e associações empresariais de todo o Estado. “Estamos fazendo um trabalho de corpo a corpo, com apresentações para o setor empresarial, associações comerciais e industriais e escolas dos municípios”, disse o chefe da Casa Civil, Guto Silva.

“Os funcionários das Agências do Trabalhador estão orientados para fazer contatos com as empresas locais de todos os portes e nosso foco são as regiões de maior vulnerabilidade social. É uma força tarefa que envolve todo o governo”, acrescentou. 

O secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, destacou a abrangência do programa. “Este é o maior programa no Brasil para o primeiro emprego do jovem aprendiz. Estamos buscando garantir acesso dos paranaenses ao mercado de trabalho”, disse.

“Como as vagas para menor aprendiz exigem que o jovem esteja matriculado, o programa permite que ele possa ajudar no sustento da família, com uma ocupação formal, tenha uma qualificação profissional e ainda continue na escola”, explicou o diretor-geral da Sejuf, Cristiano Ribas. 

MAPEAMENTO – A Secretaria estadual da Educação e do Esporte vai indicar as localidades que apresentam maiores índices de abandono escolar e também com oferta de estudantes no ensino técnico. Através desses dados, servidores das 216 Agências do Trabalhador e Postos Avançados irão às escolas para intermediar as vagas disponibilizadas pelas empresas da região. 

“Com o Cartão Futuro, vamos ajudar os nossos estudantes a dar os primeiros passos no mercado de trabalho”, afirmou o secretário da Educação e do Esporte, Renato Feder. “Quando a escola abre as portas para o mercado de trabalho, os nossos alunos e alunas têm mais um incentivo para seguir estudando, para continuar aprendendo. E quanto mais alunos estudando, melhor para o nosso Estado”. 

Nas apresentações feitas nas escolas é feito o cadastro dos estudantes da Educação Profissional. 297 escolas localizadas em 167 municípios, de todos os 32 Núcleos Regionais da Educação, ofertam cursos profissionais. 

Nesta semana, o chefe da Casa Civil esteve nas regiões de Maringá e Cascavel para apresentar o programa às escolas, enquanto Ney Leprevost fez uma palestra em São José dos Pinhais.

No Colégio Estadual Juscelino K. de Oliveira, em Maringá, visitado na quinta-feira (21), por exemplo, são ofertados cursos técnicos de Segurança do Trabalho, Técnicos em Edificações e Meio Ambiente. A integrantes da direção, professores e alunos, Guto Silva lembrou que a pandemia afetou muito os jovens e reduziu as oportunidades de trabalho e disse que o programa foi feito para atender justamente esse público.  

“O Cartão Futuro foi pensado nesse sentido. É um programa que emancipa. O jovem quando pega a carteira de trabalho assinada e recebe um dinheiro no final do mês para compor a renda familiar, ele se ergue. E o momento agora é de erguer a sociedade e dar oportunidades a todos”, disse. 

COMO FUNCIONA – O Estado tem hoje 1,044 milhão de estudantes matriculados em 2.116 escolas nos 399 municípios. A prioridade do programa é atender sobretudo os jovens que estejam em situação de vulnerabilidade social. 

O auxílio financeiro pago pelo governo por meio do Cartão Futuro é de R$ 300,00 e pode chegar a R$ 450,00 para jovens com deficiência, egressos de unidades prisionais, do Sistema de Atendimento Socioeducativo ou que estejam cumprindo medidas socioeducativas. O subsídio é mensal durante o período de até dois anos. Caso o contrato de trabalho já esteja em vigor, o programa irá garantir três meses de forma emergencial, para a manutenção da vaga. 

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