O trabalho integrado das polícias no combate ao tráfico de drogas no Estado resultou em um aumento de 13,5% na quantidade de drogas apreendidas (maconha, cocaína e crack) no primeiro semestre de 2021, se comparado ao mesmo período de 2020.
De acordo com o balanço da Secretaria de Segurança Pública, de janeiro a junho deste ano foram apreendidas 134 toneladas dessas drogas, além de 20,3 mil comprimidos de ecstasy e 13,1 mil pontos de LSD (sintéticas). Em 2020, no mesmo período, foram 118 toneladas.
“A interceptação desta grande quantidade de drogas no primeiro semestre é fruto do planejamento integrado e trabalho diuturno das forças de segurança estaduais, e que contam com o apoio das forças federais. A Polícia Militar tem ampliado seu efetivo nas ruas para atuação ostensiva e preventiva, da mesma forma que a Polícia Civil tem promovido grandes operações de repressão qualificada”, afirmou o secretário Romulo Marinho Soares.
O relatório aponta a quantidade de drogas apreendidas em cada um dos 399 municípios do Estado. A maconha, como em outros semestres, foi a mais interceptada. Ao todo foram 131 toneladas, 13,6% a mais do que o mesmo período do ano anterior (115,4 toneladas).
Algumas cidades da região Oeste do Paraná tiveram aumento expressivo nas apreensões de maconha. O município de Toledo teve a maior, com mais de 17,1 toneladas. Em Foz do Iguaçu, as forças policiais retiram de circulação 13,7 toneladas, e em Cascavel, 8,8 toneladas.
Ainda na região Oeste, somente em uma abordagem em operação contra o tráfico de drogas, no início de junho, policiais civis apreenderam mais de 2 toneladas de maconha, em São Miguel do Iguaçu. Já a Polícia Militar, também em uma abordagem, em Santa Helena, apreendeu mais de uma tonelada.
“Foram retiradas das ruas e rodovias paranaenses e, até de outros estados, porque as drogas circulam, grande quantidade de maconha, sem contar cocaína, crack e outras drogas ilícitas. Isso se deve ao trabalho de inteligência da Polícia Militar, à participação dos efetivos especializados e dos regulares”, destacou o coronel Hudson Teixeira, comandante-geral da PM.
COCAÍNA – Ainda segundo os dados, 2 toneladas de cocaína foram impedidas de circular no Paraná de janeiro a junho, aumento de 11% de apreensão na relação com 2020 (1,8 tonelada). Os municípios que tiveram maior apreensão foram Santa Fé (472 quilos) e Umuarama (457 quilos), no Norte e Noroeste do Paraná, respectivamente.
CRACK – Já em relação ao crack, as forças policiais estaduais retiraram de circulação cerca de 558 quilos. No entanto, o número é menor (-28,3%), se comparado ao mesmo período do ano passado, com 779,39 quilos. A cidade de Guaíra, no extremo Oeste, teve a maior quantidade de crack apreendida (132,07 quilos), seguida de Londrina (99,19 quilos).
Para o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach, o investimento em tecnologia, aliado à atividade de inteligência da Polícia Civil, vem contribuindo significativamente para o aumento nas apreensões de drogas.
“Estamos atacando em vários pontos específicos por meio do trabalho de inteligência, com o uso de tecnologia e isso tem proporcionado maior velocidade no cruzamento de dados, nas análises e na identificação de criminosos atuantes no tráfico de drogas. O resultado desse investimento, aliado à agilidade e capacitação do policial, tem possibilitado aumento nas apreensões de drogas”, disse.
SINTÉTICAS – As apreensões de drogas sintéticas (ecstasy e LSD) também tiveram aumento no Paraná. De acordo com o relatório, o recolhimento de LSD subiu de 8.812 pontos em 2020 para 13.122 pontos em 2021, crescimento de 48,9%. Já as apreensões de ecstasy caíram 21,6% (de 25.964 comprimidos para 20.348).
CAPITAL – Na Capital também houve apreensão massiva de ilícítos, mais de 2,6 toneladas, incluindo maconha, cocaína e crack. Só de maconha foram retiradas de circulação 2,3 toneladas. De cocaína e crack, 144,77 e 98,27 quilos, respectivamente. Foram apreendidos, ainda, 6.308 comprimidos de ecstasy e 4.044 pontos de LSD.
O relatório de apreensões de drogas pode ser acessado AQUI.