Ação no Palácio Iguaçu une lideranças por conscientização sobre o autismo

Iniciativa criada pela Superintendência Geral de Ação Solidária do Governo do Estado reuniu líderes do Paraná para reforçar a importância da divulgação de informações sobre diagnóstico e tratamento do Transtorno do Espectro Autista.
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05/04/2021 - 17:30
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Noventa peças formam o quebra-cabeça que uniu autoridades do Paraná em prol da conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista, nesta segunda-feira (5). Em uma ação organizada pela Superintendência Geral de Ação Solidária do Governo do Estado (SGAS), o governador Carlos Massa Ratinho Junior, secretários de Estado e chefes de outros poderes compareceram ao Palácio Iguaçu para montarem uma peça do mosaico que serve de metáfora para a complexidade do autismo. A iniciativa acontece na semana do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, data que promove a divulgação de informações a respeito da condição.

Entre os líderes que compareceram à ação, estiveram o vice-governador Darci Piana; o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano; o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, José Laurindo de Souza Netto; o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Fabio Camargo; o presidente da Fundação Iguais, que trabalha em prol da inclusão de pessoas com autismo, Rodrigo Anderson Matos; e secretários e superintendentes do Estado.

A primeira-dama e presidente do Conselho de Ação Solidária, Luciana Saito Massa, reforçou o quanto é importante compartilhar informações sobre diagnóstico e tratamento do transtorno. “Realizar ações como essa nos ajuda a quebrar as barreiras da falta de informação e do preconceito, e torna a vida dos autistas muito mais inclusiva. Precisamos ter consciência de que o transtorno existe e que é um direito de todos estar incluído na saúde, na educação e na sociedade”, afirmou a primeira-dama.

Ratinho Junior enfatizou que o diagnóstico é fundamental para uma melhor qualidade de vida. “Eu sou uma peça desse quebra-cabeça”, afirmou, citando a frase de divulgação do movimento. “Estamos aqui hoje para relembrar a importância de levar informações sobre o autismo cada vez mais longe. É por isso que, ao longo de todo o mês, nossos prédios públicos ficarão iluminados de azul, reforçando essa mensagem”, declarou.

Desde sexta-feira, prédios como o Palácio Iguaçu e o Museu Oscar Niemeyer levam a cor símbolo do TEA. Instituído em 2008 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial da Conscientização do Autismo busca dar visibilidade ao assunto, instigando debates para trazer mais luz sobre o tema. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 70 milhões de pessoas no mundo tenham autismo, sendo 2 milhões apenas no Brasil. A média calculada é que uma em cada 88 crianças tenha sinais do Transtorno do Espectro Autista.

CARTEIRA DO AUTISTA – No Paraná, uma iniciativa que tem auxiliado na prestação de serviços a quem possui o diagnóstico de autismo é a Carteira de Identificação do Espectro Autista (CIPTEA). Além de identificar a condição no documento através de um laço azul, símbolo internacional do autismo, o documento disponibiliza a possibilidade de contato com a família responsável em alguma emergência e proporciona atendimento prioritário em qualquer estabelecimento.

A carteira possui tanto a versão física como digital, através de um aplicativo no celular. Em um ano, mais de 2 mil foram solicitadas no Estado.

Felipe Braga Côrtes, diretor do Departamento da Política da Pessoa com Deficiência da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, explicou que a iniciativa ajuda o Estado a criar um banco de dados. “Junto de outras ações de inclusão já disponíveis, vamos poder criar uma plataforma de gestão da pessoa com deficiência do Paraná. A carteira de identificação será um dos diversos serviços prestados”, comentou Cortês.

Para solicitar é necessário acessar o site www.carteiradoautista.pr.gov.br e fazer o cadastro. Para completar a inscrição, são necessários os seguintes documentos: RG e CPF do autista; RG e CPF do responsável; fotografia (padrão RG); laudo médico (original, com CID, nome completo do paciente, assinatura e carimbo de identificação com CRM do médico); e exame de tipo sanguíneo (grupo sanguíneo e fator RH).

A carteira é disponível para os residentes no Paraná e permite uma integração de dados com o Instituto de Identificação, facilitando o processo. Sua emissão é regulamentada através da Lei Federal 13.977/2020 – Lei Romeo Mion.

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