Delícias do Paraná
Com 13 dos 119 produtos brasileiros que possuem registro de Indicação Geográfica (IG), o Paraná é o terceiro estado com mais certificados no País. O reconhecimento passou a ser concedido no Brasil há duas décadas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e serve para atestar a reputação e valor diferenciado dos produtos que são caracterizados pelo seu local de origem, garantindo a eles uma identidade própria e gerando efeitos positivos na economia regional. Nesta série especial, contamos a história dos 13 produtos paranaenses com IG, como eles impactam na vida e na comunidade onde estão inseridos.
Com o reconhecimento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), atestando a qualidade e a tradição da camomila, Paraná chega a 14 produtos com IG. Cultivo impulsiona a economia e o turismo do município da Região Metropolitana de Curitiba. Cana produzida no Litoral do Paraná tem características únicas, como alto teor de açúcar, que favorece o processo de fermentação e destilação de cachaça. Uma tradição tão forte que virou até verbete de dicionário: ‘morretiana’, nos dicionários Houaiss e Aurélio, é sinônimo de cachaça. Produtores familiares do município, na divisa com a Argentina e o Parque Nacional do Iguaçu, modernizaram métodos de cultivo e processamento e conquistaram o selo de Indicação Geográfica pela qualidade e sabor único do melado. Aumento de renda estimulou a permanência das famílias no campo. Paraná já foi o maior produtor de café do Brasil. Atualmente, com cuidados na lavoura e nos processos pós-colheita, produtores locais conseguem produzir grãos especiais reconhecidos nacionalmente. Em 2012, o INPI concedeu certificação a 45 municípios da região. Região, que colhe 6,5 mil toneladas anuais, conquistou o selo de Indicação Geográfica em 2022. Para conseguir o certificado, produtores adotaram técnicas com uso mínimo de defensivos e conseguiram dobrar valor de comercialização do produto. Produção começou com famílias de descendentes de italianos vindos do Rio Grande do Sul. Bebida única atrai turistas e profissionais do setor. Está presente na culinária, em eventos culturais e até mesmo em atividades esportivas. Cidade foi oficializada como a Capital Nacional da Goiaba em setembro deste ano e desde 2016 tem selo de Indicação Geográfica. Por conta do manejo da cultura, clima e união dos produtores, fruta é reconhecida nacionalmente como mais saborosa e resistente do que as concorrentes. Produção se beneficia da diversidade de árvores, floradas e da reserva da Mata Atlântica. Com sabor característico e produtividade acima da média nacional, o produto ganhou fama nacional e desde 2017 possui Indicação Geográfica concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Receita original foi trazida de Portugal e adaptada à realidade local, sendo mantida praticamente igual há mais de 200 anos nas cidades de Antonina, Morretes e Paranaguá, onde atrai milhares de turistas. Grande demanda pela culinária típica gera empregos e renda para restaurantes, hotéis, pousadas e comércio. Desde 2018, o Queijo Colonial e o Queijo Colonial com Pimenta Verde da Cooperativa Witmarsum têm reconhecimento de identificação geográfica (IG). Atualmente, os produtos estão presentes em todos os estados brasileiros e há planos do grupo de iniciar a exportação. Produtos reconhecidos com o certificado de Indicação Geográfica em 2020 começaram a ser produzidos na cidade em 1970. Empresas se modernizaram e aumentaram a produção sem perder as características originais, inspirando também outros empreendedores locais. Maior produtor nacional de erva-mate, o Paraná está ressignificando o uso da planta que já foi o principal produto da economia do Estado, e cujo ramo estampa a bandeira estadual ao lado de um galho de araucária. Conhecida como a Capital da Uva Fina do Paraná, Marialva foi responsável por 10,5% de toda a produção estadual da fruta em 2021, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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