A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promove nesta quarta e quinta-feira (6 e 7) o 3º Encontro de Formação do PlanificaSUS para discutir principalmente a vacinação no Paraná. A capacitação acontece no Centro Integração Empresa Escola (CIEE), em Curitiba, e conta com a participação de aproximadamente 100 tutores, das 22 Regionais de Saúde, tanto da Atenção Primária à Saúde (APS) quanto da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE).
O objetivo é orientar os participantes quanto à organização das salas de vacina e à necessidade de ampliação da cobertura vacinal em todo o Estado. Os assuntos abordados incluem a territorialização, integração entre os profissionais da APS e Vigilância em Saúde, organização e registros das salas de vacina e segurança do paciente.
“O PlanificaSUS é um programa extremamente importante de educação continuada para mobilizar os profissionais de todas as Regionais de Saúde. O tema deste encontro se mostra extremamente pertinente, pois durante a pandemia ficou muito claro que a vacinação é a arma mais efetiva para o combate e erradicação de doenças”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
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COBERTURA VACINAL – A cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95% para a maioria dos imunizantes disponibilizados nas salas de vacinas da rede pública. Dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) mostram que a cobertura das dez vacinas preconizadas para crianças menores de um ano de idade está abaixo do ideal em todo Brasil, provavelmente devido à ansiedade da população pelo imunizante contra a Covid-19. Atualmente, o Paraná é o 6º Estado que mais vacinou contra a doença.
A vacina com menor cobertura no País é a da febre amarela, com 55,66%. No Paraná a taxa de cobertura deste imunizante é de 78,73%. A mais baixa cobertura estadual, com 57,70%, é da Hepatite B, realizada em crianças de até 30 dias de vida. A vacina mais aplicada no Brasil (71,60%) e no Paraná (82,74%) é a Tríplice Viral SCR–D1, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola.
O objetivo da Sesa é melhorar os índices de vacinação e incentivar a busca da população pelos imunizantes que são disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, o tema da oficina acolhe de modo especial os técnicos responsáveis pela vacinação no Estado.
“Com a metodologia da planificação, os profissionais presentes têm a missão de intensificar as ações e estratégias de vacinação em todo o Paraná. Queremos qualificar e empoderar esses técnicos para exercer a liderança em todas as regiões e reverter o atual quadro de cobertura vacinal no Estado”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
Nesta semana, o Paraná iniciou a campanha de vacinação contra a influenza e o sarampo. “Com o início desta campanha, precisamos que os agentes de saúde aqui nos ajudem a atingir a meta do Ministério de 90% de cobertura vacinal na influenza e 95% do sarampo”, destacou o secretário.
PLANIFICASUS – O Paraná é atualmente o único Estado com 100% de adesão ao PlanificaSUS. O programa é composto por etapas, operacionalizadas por meio de workshops e oficinas tutoriais, proposto pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que tem parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e o Ministério da Saúde.
A diretora da 18ª Região de Saúde e tutora do programa, Eliana de Fátima Catussi Pinheiro, disse que por meio dele é possível retomar as ações que ficaram em segundo plano por conta da pandemia. “Esse é um programa inédito de organização nos processos de trabalho e está sendo muito efetivo, pois temos a oportunidade de retomar as ações e fortalecer a comunicação e integração entre as equipes, levando as informações para a Regional e aplicando as ações na prática. Isso tem trazido resultados expressivos no atendimento à população”, afirmou.
Para Andrea Cristine Perry, da Divisão de Atenção e Gestão à Saúde da 2ª RS, esse encontro é a continuidade de um processo que visa melhorar o atendimento e o cuidado com a população. “Com o programa e as capacitações, evitamos a fragmentação do cuidado ao cidadão, e é muito importante o alinhamento de todo o processo de trabalho para que tenhamos um melhor sistema de saúde, fortalecendo o atendimento ao usuário desde a porta de entrada ao SUS até o atendimento especializado”, completou.