O Projeto Voleibol 21 de Outubro oferece treinamento a atletas que têm perspectivas de se tornarem jogadores de alto rendimento. Iniciado em 2020, é uma parceria entre Universidade Estadual de Londrina (UEL), por meio da Atlética 21 de Outubro, do Curso de Educação Física/Centro de Educação Física e Esporte (CEFE), a Fundação de Esportes de Londrina (FEL) e a prefeitura do município, via Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos (Feipe).
Ele conta com mais de 30 atletas, que treinam diariamente na quadra de vôlei do CEFE, e é coordenado pelo responsável técnico Mateus Rodrigues de Carvalho Elias.
Os jogadores treinam divididos em cinco categorias: Sub-18, Sub-19, Sub-21, Universitário e Adulto. A categoria Universitário tem participantes masculinos e femininos e é tocada via Associação Atlética da UEL. Os treinos ocorrem todos os dias, em horários diferenciados. Por meio do Edital, o projeto captou R$ 60 mil para a modalidade Adulto e R$ 90 mil para as modalidades para jovens. Os investimentos foram destinados à compra de equipamentos e viagens.
Apesar de ter iniciado em 2020, os atletas ficaram sem treinar nas dependências da UEL durante dois anos, devido à pandemia e ao fechamento das atividades do CEFE. Para além do retorno das atividades, Mateus considera que o projeto funciona como uma “retenção de talentos” para o esporte na cidade.
“Esse tipo de projeto é mais comum em instituições particulares, que oferecem uma bolsa para o estudante. Se ele perde a bolsa, para de estudar e de jogar. Na universidade pública, é diferente, afinal o estudante tem a oportunidade de continuar estudando e jogando voleibol”, comenta. Como técnico, Mateus já treinou estudantes de vários cursos, não só de Educação Física ou do curso de Esporte.
ALTO RENDIMENTO – A relação do treinador Mateus com o voleibol e a UEL é longa. Desde 2011 ele, que é egresso da universidade, trabalha com formação de estudantes para o esporte. No entanto, o Voleibol 21 de Outubro tem um foco um pouco diferente, exclusivamente direcionado a atletas de alto rendimento.
“Temos participantes no projeto disputando as principais competições paranaenses, que são o Paranaense Universitário e o Campeonato Paranaense de Vôlei. Não é um projeto para iniciantes, mas os participantes que não quiserem se profissionalizar ainda podem jogar nas categorias universitárias, disputar campeonatos, praticar por lazer”, completa o professor.
Os atuais atletas foram selecionados por teste de vídeo e, depois, por uma prova prática. Neste ano, contudo, devido à entrada de novos estudantes, o treinador vai fazer uma seleção com novos interessados para participar do projeto. Para os iniciantes, o CEFE oferece a Escolinha de Voleibol, destinada a alunos de até 15 anos. A partir dessa idade, o interessado deve participar de uma seleção para treinar.
Um dos jogadores do projeto veio de Faxinal, município distante 100 quilômetros de Londrina. Renan Silva de Paula, de 17 anos, está desde o ano passado no projeto e tornou-se o capitão da equipe Sub-19. “Quando entrei, foi em um período em que tinha praticamente abandonado o esporte, por conta da pandemia. Com a melhora da situação, pude voltar a treinar”, afirma.
Hoje, o jovem que joga desde os 12 anos não descarta investir na profissionalização, embora tenha outras ambições. “Quero prestar vestibular para Jornalismo, para trabalhar como jornalista esportivo”, conta.