Turismo rural: 97 circuitos das Caminhadas da Natureza atraíram 63 mil pessoas em 2023

As Caminhadas na Natureza existem desde 2007 como uma política pública da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Além de valorizar a cultura local, o turismo rural se solidifica como mais uma fonte de renda para as famílias envolvidas na atividade.
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12/03/2024 - 14:40

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O projeto do Governo do Estado que leva curiosos a propriedades rurais e paraísos naturais no Paraná reuniu uma multidão no ano passado. Ao todo, 63.316 caminhantes percorreram os 97 circuitos das Caminhadas na Natureza, promovidas pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater). Em 2023, os caminhantes injetaram R$ 1,6 milhão nas comunidades rurais, beneficiando inúmeras famílias que vivem da agropecuária familiar.

As Caminhadas na Natureza existem desde 2007 como uma política pública da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Além de valorizar a cultura local, o turismo rural se solidifica como mais uma fonte de renda para as famílias envolvidas na atividade.

Atualmente 1.289 famílias estão envolvidas nas atividades, mas este número tende a aumentar na medida em que novos circuitos são implantados. O projeto está presente em 68 municípios do Estado. A região de Curitiba é a que tem o maior número de caminhadas, com 29. Em seguida vem Campo Mourão, no Centro-Oeste, com onze circuitos, e Ponta Grossa, nos Campos Gerais, com dez. O calendário das atividades em 2024 pode ser consultado AQUI.

Nesta semana os organizadores das caminhadas participarão de um encontro, em Maringá, para discutir a melhoria dos serviços oferecidos aos participantes. De acordo com Terezinha Buzanello Freire, coordenadora estadual do programa de Turismo Rural do IDR-Paraná, durante o encontro os gestores municipais, agricultores e profissionais do Instituto vão discutir o novo regulamento que vai nortear a metodologia das Caminhadas da Natureza.

“O objetivo é atender a agricultura familiar, fazer com que o caminhante passe por propriedades rurais e consuma produtos da agricultura local. É uma metodologia que reúne várias questões relacionadas à natureza ou ao turismo na natureza. Então, estamos discutindo esse regulamento para que, na troca dos gestores municipais, os novos integrantes conheçam como é o processo e executem um circuito dentro da proposta metodológica já consolidada”, explicou.

Segundo ela, essa discussão é necessária para que as Caminhadas da Natureza não sejam descaracterizadas ao longo do tempo, correndo o risco de desvirtuar o seu objetivo, que é dinamizar a economia nas comunidades rurais. Em média, cada caminhante gasta R$ 25,58 com a compra de produtos ou serviços. Mas esse investimento varia de acordo com a região. Em União da Vitória, os gastos chegam a R$ 63,55, em Laranjeiras do Sul, R$ 55,31, e Cascavel, R$ 53,92.

Quando se analisa a renda média gerada por família, a região de Ivaiporã está à frente, com um valor de R$ 2.160,01. Cascavel e Curitiba vêm a seguir com R$ 1.793,46 e R$ 1.640,72, respectivamente.

O encontro em Maringá também conta com participantes da Secretaria Estadual de Turismo. Na opinião de Terezinha Buzanello, o esforço de transformar o trabalho das famílias rurais em turismo recompensa. "Os dados mostram que em torno de 95% dos caminhantes do ano passado são do Paraná e a intenção é ampliar esse público. Queremos atrair turistas de outros estados, Santa Catarina e São Paulo principalmente. Fazer com que eles comecem a frequentar o Paraná em função dos circuitos das Caminhadas da Natureza”, ressaltou.

Ainda segundo ela, a intenção é levar as Caminhadas da Natureza para as regiões que ainda não executam os circuitos. “Há três anos tínhamos em torno de 12 das 23 regionais do IDR-Paraná com trabalhos de turismo rural. Hoje estamos com 18, quase 100% das regiões”, afirmou.

“O Instituto tem entendido a importância dessa ferramenta para o desenvolvimento da agricultura familiar e do turismo rural nas propriedades assistidas. Como política pública, as caminhadas têm recebido incentivos, continuamente, tanto da parte da assistência técnica do IDR-Paraná, como das prefeituras”, arrematou Terezinha.

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