Trabalho policial identificou vítimas fatais do acidente em Sapopema em menos de 12 horas

O empenho dos profissionais para fazer a liberação dos corpos às famílias foi para não aumentar a dor do luto. Até o fim da tarde de sexta-feira (01/04), todos os corpos já haviam sido retirados da unidade do IML de Londrina.
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03/04/2022 - 18:30

O trabalho ininterrupto das polícias Científica e Civil nas primeiras horas após o trágico acidente de ônibus, em Sapopema, resultou na identificação e liberação dos corpos das 11 vítimas fatais, cerca de 12 horas depois da ocorrência. O empenho dos profissionais para fazer a liberação dos corpos às famílias foi para não aumentar a dor do luto. Até o fim da tarde de sexta-feira (01), todos os corpos já haviam sido retirados da unidade do IML de Londrina.

De acordo com o chefe daquela unidade, Luciano Gardano Elias Bucharles, o trabalho dos peritos foi exaustivo, mas essencial para agilizar a liberação dos corpos. “Os procedimentos de identificação variam conforme o caso e não podemos ignorar nenhuma etapa do processo”, explica. “Neste caso, a liberação foi relativamente rápida”.

Após o trabalho de remoção das vítimas do local do acidente, os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal de Londrina para o trabalho de necropsia, exame que determina a causa da morte. Esta atividade foi finalizada poucos momentos após os corpos chegarem ao IML, na madrugada de quinta-feira (31/03), para que então fosse dada sequência à identificação de cada vítima fatal do acidente.

A chefe adjunta do IML de Londrina, Cristiane Batilana, explica que algumas das vítimas carregavam documentos pessoais que, somados às boas relações do Instituto de Identificação do Paraná com os outros estados, permitiu que até as 20h de quinta-feira, todos os 11 corpos fossem reconhecidos e liberados para retirada pelos familiares.

“O serviço de ambas as partes foi muito eficiente, pois em menos de doze horas os papiloscopistas do Instituto de Identificação do Paraná, que atuam junto ao IML, conseguiram identificar os corpos do acidente além de outros que chegaram à unidade na rotina de trabalho, não relacionados a esta tragédia”, ressalta.

O primeiro método de identificação de cadáveres (dentre os três principais utilizados pela Polícia Científica) que é aplicado nessas situações é a necropapiloscopia, trabalho que se refere à coleta das marcas únicas que cada ser humano possui nas pontas dos dedos das mãos e na sola dos pés. Após esse procedimento, os papiloscopistas fizeram o confronto das impressões digitais com as registradas nos estados de origem das vítimas e as pessoas foram identificadas.

ACIDENTE – De acordo com as informações repassadas, um ônibus, ocupado por mais de 30 pessoas, vinha do Mato Grosso do Sul (MS) à Telêmaco Borba e, no KM 268 da rodovia estadual PR-090, o motorista teria perdido o controle, capotado na pista e caído em uma ribanceira na noite desta quarta-feira (30). De imediato, equipes do Corpo de Bombeiros e do Batalhão de Polícia Rodoviária foram ao local para prestar os devidos atendimentos.

Naquele momento, os policiais militares isolaram o perímetro para providenciar um ambiente mais seguro às vítimas e adequado aos profissionais da segurança pública, tanto do Corpo de Bombeiros, nos atendimentos aos feridos, quanto das polícias Civil e Científica, para os trabalhos de investigação e perícia, respectivamente.

Várias viaturas e ambulâncias de unidades do Corpo de Bombeiros prestaram apoio e fizeram o encaminhamento aos hospitais regionais mais próximos para preservar a vida de cada ferido. De acordo com as informações, dentre os 31 ocupantes do ônibus, 11 pessoas morreram (10 no local ou a caminho do hospital e uma no Hospital Evangélico de Londrina). Outras 20 pessoas foram levadas aos hospitais regionais para atendimento.

As causas do acidente seguem sendo investigadas pela Polícia Civil, a qual contará com os laudos dos peritos criminais do Instituto de Criminalística e do IML, responsáveis pela perícia do local, dos corpos e do veículo acidentado, para conseguir entender se a falha foi humana, mecânica ou do terreno.

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