O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) recebeu nesta quinta-feira (2) o “Prêmio Vacina – 2021” do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Paraná (Sindivet-PR) por sua atuação na área. Com contrato para fornecimento de cerca de 20 milhões de doses ao Ministério da Saúde no segundo semestre de 2021, produz o imunobiológico há 50 anos e, com o produto, apoiou o Brasil no controle da transmissão da raiva humana e animal.
Desde o início da fabricação da vacina, o Tecpar utilizou diferentes métodos de produção. Em 2018, recebeu do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) a concessão da patente do processo produtivo da vacina antirrábica veterinária em cultivo celular.
- Escolas estaduais ofertam alimentação de qualidade atestada pelo Tecpar
- Governo lança edital de R$ 8 milhões para estimular pesquisas científicas
O presidente do Sindivet-PR, Cezar Amin Pasqualin, salienta que a ideia do prêmio é reconhecer entidades que tiveram destaque em temas relacionados à medicina veterinária e que o Tecpar historicamente contribui com ações em ciência e tecnologia.
“O Tecpar realiza uma contribuição expressiva ao país com a produção da vacina antirrábica veterinária para as campanhas nacionais de vacinação. O prêmio é uma iniciativa para prestigiar empresas que são destaque na área de medicina veterinária e, no caso do Tecpar, é um reconhecimento da sociedade por sua atuação na área da saúde”, ressalta.
O imunobiológico é fornecido para o Ministério da Saúde realizar a campanha de vacinação de cães e gatos contra a raiva, explica o diretor-presidente do Instituto, Jorge Callado.
“O Tecpar é o único laboratório público fornecedor no Brasil de vacina antirrábica voltada à campanha de vacinação do Ministério da Saúde e se encontra na mesma geração dos principais fabricantes de vacina antirrábica veterinária do mercado global. O prêmio entregue pelo Sindivet-PR é o reconhecimento desse trabalho realizado por nosso corpo técnico”, destaca.
METODOLOGIA INOVADORA – O instituto produz a vacina antirrábica há 50 anos para as campanhas de vacinação do Ministério da Saúde e ao longo deste período utilizou diferentes métodos de produção. A presente metodologia utiliza células BHK-21 (Baby Hamster Kidney) e vírus PV (Pasteur Virus) em método de perfusão.
O Tecpar desenvolveu o processo produtivo de vacina antirrábica que utiliza o método de perfusão para a cultura de células e produção de vírus rábico. O processo atende às exigências regulatórias e de mercado e tem como diferencial competitivo a possibilidade produzir com alta densidade celular e com alto rendimento.
A combinação desse método com os parâmetros de processos estabelecidos permitiu ao instituto a solicitação de pedido de patente, a qual foi concedida pelo Inpi – “Processo compacto de produção de vacina antirrábica veterinária utilizando células BHK-21, vírus PV e método de perfusão”.
- Tecpar inicia capacitação sobre certificação de orgânicos na região Central
- Tecpar moderniza laboratórios em parceria com Instituto de Biologia Molecular
PRESENÇA – Também participaram da solenidade o ex-governador e médico veterinário Orlando Pessuti; Rubens Gusso, diretor do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI); Adolfo Sasaki, vice-presidente do Sindivet-PR; Juliana Luisa Brandão, secretária-geral do Sindivet-PR; Leonardo Nápoli, secretário-geral do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR); o diretor Industrial da Saúde, Iram de Rezende; o gerente do Centro de Desenvolvimento e Produção de Imunobiológicos do Tecpar, Jorge Inagaki; o gerente da Divisão de Controle da Qualidade do Tecpar, Jairo Labiak; e Aurélio Zeferino, do Centro de Desenvolvimento e Produção de Imunobiológicos do Tecpar.