O Instituto de Tecnologia do Paraná divulgou nesta quinta-feira (6) a lista das empresas selecionadas para o programa Living Lab, iniciativa que vai transformar o câmpus CIC em um ecossistema de inovação aberto. Ao todo, oito propostas foram aprovadas na primeira fase do programa, que lançou edital com chamamento público para receber projetos para testes em equipamentos.
O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, destaca que o Living Lab é uma ação estratégica para estimular a inovação no Paraná, por meio de parcerias tecnológicas com a iniciativa privada. O programa, segundo ele, contempla desde startups até empresas consolidadas que procuram testar novos produtos e serviços, antes de lançar no mercado.
“O Tecpar coloca à disposição sua experiência e seu espaço físico para contribuir com iniciativas do setor privado, em favor de uma agenda que gere soluções tecnológicas mais eficientes e inovadoras para o Estado e, consequentemente, o aumento de empregos especializados no Paraná”, afirma Callado.
SELECIONADAS – Três propostas aprovadas contemplam tecnologias para smart cities. São os semáforos inteligentes, da empresa maringaense Seebot Soluções Inteligentes; os equipamentos de identificação e classificação de veículos por sensores e por imagem, da Vsis Indústria e Comércio; e os sistemas de telegestão de iluminação pública e de telemetria, da Smartgreen Tecnologia. A telemetria é um sistema de monitoramento para comandar, medir ou rastrear algo a distância, por meio de dispositivos de comunicação sem fio.
Na área de energias renováveis os projetos selecionados são de um microposto para biometano, da Bley Energias; de um processo de produção de energia a partir de fósforo extraído de produtos orgânicos, das empresas Oxien do Brasil e Bley Energias; de uma plataforma para consultoria energética, da Eidee Energia; e de uma planta piloto de microrrede de energia, da Fohat Corporation.
Outra empresa selecionada no Living Lab é a L8, que testará soluções tecnológicas em energias renováveis, como garagens solares e também tecnologias para smart cities, entre elas um leitor biométrico, um poste inteligente e câmeras para leitura de placa de veículos e reconhecimento facial.
CONCEITO – O conceito de Living Lab tem sua origem ao final dos anos 1980 e despertou o interesse internacional em 2006, quando a Comissão Europeia iniciou projetos para coordenar e promover um sistema europeu de inovação comum.
Como nem sempre a validação interna é o suficiente, muitas empresas precisam validar e melhorar as suas soluções em um ambiente real, antes de comercializá-las. Para isso, recorrem aos living labs para testarem seus produtos e serviços em campo. A avaliação pode ser feita no estágio inicial de pesquisa e desenvolvimento e durante todos os elementos do ciclo de vida de um produto, de seu projeto até a reciclagem.
ETAPAS – Na segunda fase do Living Lab um novo chamamento público será divulgado, desta vez de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, para serem aplicados na estrutura estabelecida na fase inicial.
O programa Living Lab do Tecpar tem seu foco nas seguintes linhas tecnológicas: geração e gestão de energias limpas e/ou renováveis; tecnologias para smart cities (cidades inteligentes); telecomunicações e conectividade; manufatura avançada e transformação digital; agricultura de precisão e/ou aumento de produtividade; educação; infraestrutura rural sustentável.