Representantes do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) participaram de uma missão técnica para auditar as Boas Práticas de Fabricação da empresa indiana que fornece ao Ministério da Saúde a vacina pentavalente. Essa é uma das etapas para que o instituto possa produzir o medicamento, a pedido do ministério, para as campanhas de vacinação nacionais.
A missão foi liderada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que avalia um pedido de registro do Tecpar para o produto.
A vacina pentavalente garante a proteção contra a difteria, tétano, coqueluche, a bactéria Haemophilus influenza tipo b (responsável por infecções no nariz e na garganta, entre outros) e, ainda, contra a hepatite B.
Atualmente, a vacina é adquirida por meio do Fundo Rotatório da Organização Panamericana das Américas (OPAS), que importa parte da demanda da empresa indiana Biological E.
O Tecpar iniciou um projeto de registro com a Biological, uma das principais fornecedoras da vacina para o SUS. Por isso, a diretora comercial do Tecpar, Danielle Portela, e a farmacêutica Carolina Perottoni acompanharam a auditoria.
“Participar da auditoria em Boas Práticas de Fabricação de um fornecedor é uma das etapas para a obtenção do registro junto à Anvisa. Com o documento, o Tecpar poderá fornecer o medicamento ao SUS”, explica Carolina.
A diretora comercial destaca que com o registro, o instituto fornecerá vacina ao Ministério da Saúde por meio de encomenda tecnológica. “Isso significa que, em um primeiro momento, o Tecpar forneceria o insumo do parceiro, a Biolgical, para que, com a transferência de tecnologia, tenha acesso a toda produção”. Ela acrescenta que produzir a vacina no Brasil será fundamental para dar mais segurança à imunização das crianças.
Desde 2012, o Programa Nacional de Imunização (PNI) oferta a vacina pentavalente no calendário de vacinação. As crianças devem tomar três doses da vacina – aos dois, quatro e seis meses de idade.