A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Conselho Estadual de Saúde dividiram os participantes da V Conferência Estadual de Saúde Mental em quatro grupos de trabalho com eixos diferentes para debater as 334 propostas de ações de ampliação dos serviços no Estado.
O primeiro eixo/grupo, que trata do “Cuidado em liberdade como garantia de direito à cidadania”, abordou aspectos da desinstitucionalização das pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, além da saúde mental nos ciclos de vida, e da prevenção do suicídio.
“A gestão, financiamento, formação e participação social na garantia de serviços de saúde mental” foi pauta do segundo grupo, especialmente na discussão sobre as fontes de recursos públicos para a Linha de Cuidado Mental, a educação continuada e permanente, o controle social e o acompanhamento, planejamento e monitoramento das ações de saúde mental.
O terceiro tratou da política de saúde mental e os princípios do SUS, na sua universalidade, integralidade e equidade, enquanto o quarto grupo debateu os impactos na saúde mental e os desafios para o cuidado psicossocial durante e no pós-pandemia, tratando de temas como o agravamento da crise econômica, política social e sanitária, saúde do trabalho e as inovações do cuidado psicossocial.
“A participação social e proposição de políticas públicas de saúde mental, através da realização da conferência, são importantes conquistas nas lutas democráticas do nosso País. Nós, como gestores do SUS, devemos cada vez mais discutir as questões de saúde para obter um sistema cada vez mais acessível e com excelência no atendimento para toda a população”, resumiu a diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
A partir destas discussões serão aprovadas 12 propostas na plenária final, que irá acontecer na tarde desta quarta-feira (26), e por fim serão encaminhadas para discussão na Conferência Nacional de Saúde Mental, no próximo ano, em Brasília.
“A saúde mental é um assunto imediato, sobretudo agora no pós-pandemia. É preciso reavaliar, discutir, questionar e propor meios para que possamos fortalecer e amparar as políticas públicas de saúde”, afirmou o secretário de Saúde, Beto Preto.