A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apresentou nesta quinta-feira (29), em Brasília, a experiência do Estado com o Projeto Vida no Trânsito (PVT), iniciativa internacional proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que desenvolve ações para a redução de mortes e lesões causadas no trânsito. Técnicos da pasta participaram do Encontro Técnico de Vigilância de Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis.
Além de identificar desafios enfrentados e perspectivas para subsidiar propostas de apoio para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), Violências e Acidentes, o encontro promove a troca de experiências exitosas entre as secretarias estaduais e municipais e o Distrito Federal.
Assim como as violências, os sinistros de trânsito (acidente de transporte terrestre) são um problema de saúde pública, pois representam as principais causas de mortes e de lesões que envolve desde o atendimento pré-hospitalar na Rede de Urgência e Emergência, até a reabilitação dos sobreviventes e as possíveis consequências socioemocionais, tanto para as vítimas quanto para suas famílias.
O Paraná instituiu em 2013 a Comissão Estadual Intersetorial de Prevenção de Acidentes e Segurança no Trânsito, coordenada pela Sesa e o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR).
Atualmente, 14 municípios paranaenses possuem o PVT: Curitiba, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Cascavel, Francisco Beltrão, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, Toledo, Araucária e Umuarama.
De acordo com a coordenadora de Promoção da Saúde da Sesa, Elaine Vieira, que representou o Estado no Painel de Experiências Inovadoras e Exitosas no Contexto do Programa Vida no Trânsito e da Mobilidade Segura, o Paraná é o Estado com o maior número de municípios com adesão ao PVT, abrangendo 44% da população paranaense.
Com base nos indicadores e de acordo com dados de sinistros de trânsito, as cidades com o programa implantado apresentam melhores resultados. “Entre 2011 e 2021, o Paraná alcançou uma redução de 30,97% na taxa de mortalidade por lesões de trânsito. Já o conjunto de municípios com PVT apresentou uma redução de 40,95% no mesmo período”, disse.