Tarifas metropolitanas terão reajuste médio abaixo da inflação

Recurso estadual de R$ 150 milhões para o transporte coletivo da RMC garante correção tarifária abaixo da inflação. Linhas das cidades mais distantes terão preços congelados e usuários ganharão novas integrações.
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26/02/2019 - 13:10
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A liberação de R$ 150 milhões para subsidiar o transporte coletivo da Grande Curitiba, anunciada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior na última sexta-feira (22), permitirá um reajuste médio de 3,7% nas tarifas das linhas metropolitanas – índice que ficou abaixo da inflação acumulada desde o último aumento, em fevereiro de 2017, (6,7%, pelo IPCA) e da correção na capital (5,8%).

A nova tabela de preços foi divulgada nesta terça-feira (26) pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e começa a valer a partir da zero hora (0h) da quinta-feira (28). “A maioria dos usuários da região metropolitana terá reajuste de 3%. Para as cidades mais distantes, não haverá reajuste”, destaca o presidente da Comec, Gilson Santos. A nova tabela pode ser conferida AQUI

Ele ressalta que o subsídio do Governo do Estado foi fundamental para a melhoria do sistema, garantia da integração com Curitiba e definição de uma tarifa social bem abaixo da tarifa técnica média de R$ 6,36. “É uma medida importante para ampliar as ações do transporte coletivo metropolitano, com a confirmação de novas integrações”, afirma.

DEGRAUS TARIFÁRIOS - A Comec gerencia o transporte coletivo integrado e não-integrado de 19 cidades da Região Metropolitana de Curitiba. A nova gestão cortou quatro degraus tarifários. Antes havia nove e agora são cinco, distribuídos em três anéis - conforme a distância em relação à capital.

O primeiro anel, formado pelas cidades vizinhas da capital (Almirante Tamandaré, Araucária, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Fazenda Rio Grande, Pinhais e São José dos Pinhais), terá tarifa única de R$ 4,50.

No segundo anel (Balsa Nova, Campina Grande do Sul, Itaperuçu, Piraquara, Quatro Barras e Rio Branco do Sul), as passagens variam de R$ 4,50 a R$ 4,75. Por exemplo, em Campina Grande do Sul e Piraquara, a linha integrada custará R$ 4,50 e a direta até Curitiba, R$ 4,75.

No terceiro anel, onde ficam as cidades mais distantes de Curitiba, os valores serão congelados e permanecem de R$ 4,90 a R$ 6,50. A linha de Mandirituba até o Pinheirinho, por exemplo, custa R$ 4,90 e a que vai até o Centro de Curitiba terá o valor mantido em R$ 6,50. A linha integrada para Bocaiúva do Sul continua em R$ 5,30. Para Agudos do Sul, Quitandinha e Contenda, a passagem segue em R$ 6,50.

RECARGA – Quem carregar o cartão Metrocard nesta terça (26) e quarta-feira (27), ainda poderá utilizar os créditos com o valor antigo por 30 dias. Após esse período, se o usuário ainda tiver saldo no cartão, será descontado o valor da nova tarifa.

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Três novas integrações começam a funcionar em até 45 dias

O presidente da Comec, Gilson Santos, ressalta que sete ações já estão sendo alinhadas com a Urbs, gestora do transporte coletivo da capital, para melhorar o sistema e trazer ganhos aos usuários metropolitanos.

Segundo Santos, três novas integrações devem começar a funcionar entre 30 e 45 dias: São José dos Pinhais-Pinhais-Colombo com o terminal Centenário; Santa Cândida-Quatro Barras com o Hospital Angelina Caron; e Campina do Siqueira-Campo Largo com o Hospital do Rocio. Também está previsto o retorno do atendimento à Vila Tupi, em Araucária, via parceria da Comec, Urbs e prefeitura.

Outra medida é a ampliação da estação-tubo da Praça Carlos Gomes, para atender usuários de Fazenda Rio Grande. Além disso, a Comec e a Urbs definirão a melhor forma de ampliação do itinerário do Ligeirinho São José dos Pinhais, que hoje conecta o terminal central do município metropolitano ao do Boqueirão.

Para tornar mais rápidas as viagens, está em estudos a implantação de pelo menos seis faixas exclusivas para o transporte coletivo em vias que ligam a capital à região metropolitana.

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