Curitiba é a cidade-sede da primeira reunião do Brics em 2019. A abertura oficial do encontro ocorre na noite desta quarta-feira (13). O encontro traz ao Paraná ministros e diplomatas responsáveis pelos acordos entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O evento é preparatório para a 11ª Cúpula do bloco econômico que será realizada em Brasília, em novembro deste ano. “Muito importante para o Paraná sediar esta reunião. É uma boa oportunidade para mostrarmos nosso potencial de comércio internacional e expandir as vendas”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Atualmente, 30,7% das exportações do Brasil seguem para os demais países do bloco. Em relação ao Paraná, o grupo absorve 34,5% das vendas externas totais do Estado (US$ 20,040 bilhões), com negócios que somam US$ 6,918 bilhões. O montante foi registrado em 2018 e é 121% maior do que em 2010 (US$ 3,127 bilhões).
Em oito anos, as importações dos quatro países para o Paraná avançaram 12%, passando de US$ 2,573 bilhões para US$ 2,892 bilhões. O valor equivale a 23,3% do total comprado pelo Estado do exterior no último ano (US$ 12,370 bilhões).
No ano passado, o saldo entre exportações e importações foi de US$ 4,025 bilhões, um aumento de 625,7% sobre os US$ 553,3 milhões registrados em 2010. O forte incremento nas vendas externas foi impulsionado pela China, maior destino das exportações paranaenses.
CHINA - Desde o início da década, o valor exportado para o mercado chinês registrou crescimento de 167%, de US$ 2,276 bilhões para US$ 6,080 bilhões. Deste montante, a soja em grão respondeu por 80% (US$ 4,920 bilhões), seguido de celulose (US$ 374,5 milhões) e carne de frango “in natura” (US$ 319,3 milhões).
A Índia ocupa a nona posição na pauta de exportações paranaense. De 2010 a 2018, os negócios do Estado com este país cresceram 58%, de US$ 238,5 milhões para US$ 377,1 milhões. Óleo de soja representou 60% do valor total: US$ 229,2 milhões.
A África do Sul aparece na 18ª colocação entre os destinos internacionais de produtos do Paraná. O país apresentou um aumento de 101% nas transações com o Estado nos últimos oito anos, de US$ 116,1 milhões para US$ 234,5 milhões. A carne de frango “in natura” é o principal item da pauta, equivalendo a 68% das exportações.
Por sua vez, a Rússia figura em 19º lugar no ranking, mesmo com o recuo de 54% registrado entre 2010 e 2018, quando as exportações diminuíram de US$ 495,9 milhões para US$ 226,1 milhões. Café solúvel, carne de frango e soja em grão são os produtos mais exportados pelo Paraná.
IMPORTAÇÕES - No sentido inverso, o Estado contabilizou incrementos nas compras da China, de US$ 2,100 bilhões para US$ 2,312 bilhões (10%), e da Rússia - de US$ 167,9 milhões para US$ 395,9 milhões (135%). Destes dois países, o Paraná adquire principalmente adubos e fertilizantes. A China lidera também o ranking paranaense de importações.