A 31ª edição do CooperaPortos teve início nesta quarta-feira (21) no auditório do Palácio Taguaré, em Paranaguá, reunindo importantes atores da gestão portuária nacional. O evento também foi transmitido on-line e contou com a inscrição de 389 pessoas.
Esta é a terceira vez que a Portos do Paraná recebe o evento, iniciativa da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), com realização em diferentes portos brasileiros. O encontro busca promover o intercâmbio de conhecimentos e discutir soluções para os desafios enfrentados pelo setor portuário no Brasil.
O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, destacou a relevância do evento. “O CooperaPortos reúne a comunidade portuária nacional, com a participação de órgãos federais, estaduais e privados discutindo a agenda de sustentabilidade. É uma oportunidade para mostrar o trabalho que a Portos do Paraná vem desenvolvendo ao longo dos anos”, afirmou.
“Um problema em comum que o planeta está enfrentando envolve as mudanças climáticas e, por isso, o debate sobre as práticas de ESG, o cuidado com o planeta e a distribuição de excedentes são tão importantes. Essa seria a tríade principal dos princípios éticos da permacultura, que trazemos para as nossas práticas socioambientais e queremos compartilhar com todos os presentes no evento”, destacou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.
O tema desta edição, “Boas Práticas Socioambientais no Setor Portuário”, foi abordado na abertura pelo diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery. “Estamos aqui para discutir a descarbonização dos portos e compartilhar os resultados do estudo recém-aprovado pela ANTAQ sobre iniciativas sustentáveis,” afirmou.
O estudo mencionado é o “Diagnóstico de Descarbonização, Infraestrutura e Aplicações do Hidrogênio nos Portos”, realizado em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). A pesquisa avalia como as infraestruturas portuárias brasileiras estão se preparando para receber embarcações movidas a combustíveis verdes e outras alternativas sustentáveis.
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PAINÉIS E DEBATES – Uma das características marcantes desta edição foi a significativa participação feminina na abertura do evento. “A presença de mulheres na mesa de abertura mostra que estamos mudando a realidade do setor portuário, promovendo inclusão, acessibilidade e diversidade, o que impulsiona a inovação”, ressaltou Cristina Castro, superintendente de ESG Inovação da ANTAQ.
Larissa Amorim, diretora de sustentabilidade do MPor, apresentou as ações do Ministério para a estruturação da Agenda Climática do Setor Portuário. “Apresentamos o Índice de Desempenho Ambiental (IDA), as questões de mudanças climáticas, transição energética e as medidas de mitigação para a emissão de gases de efeito estufa”, afirmou.
A coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da Associação de Terminais Portuários Privados, Bárbara Cavalcante Rosa, representou o setor privado. "O papel dos 270 terminais privados do Brasil é fundamental na implementação de boas práticas e na cooperação promovida pelo CooperaPortos", disse.
Gilmara Timóteo, diretora-executiva da Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias (Abeph), elogiou a iniciativa. “Encontros como este trazem resultados concretos e soluções que aumentam a competitividade e destacam os portos brasileiros no cenário internacional”, afirmou.
No período da tarde, o público acompanhou os painéis “O Desafio da Certificação do Sistema de Gestão Ambiental e de SST na Área Portuária” e “Boas Práticas de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho nos Portos Paranaenses.” Um dos temas apresentados pela Portos do Paraná foi a conquista da certificação internacional Ecoports, concedida pela Organização de Portos Marítimos Europeus (ESPO), que reconhece o porto paranaense como referência mundial em gestão e boas práticas ambientais. O CooperaPortos continua até sexta-feira (23).