O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), é um dos principais centros de pesquisa do Estado do Paraná. Para além da relação meterológica, a entidade atua em serviços de monitoramento e acompanhamento de ações ambientais.
Parte dessa atuação fez parte da palestra do engenheiro hidrólogo e pesquisador Arlan Scortegagna, que aconteceu no evento online do CityHub, sobre “Inovação e Sustentabilidade para transformação das cidades”.
Em sua apresentação, ele descreveu a infraestrutura do órgão, composta por mais de 100 estações automáticas, três radares meteorológicos e uma série de equipamentos que dão suporte ao monitoramento, tais como barcos autônomo, drone e o recém-chegado avião VTOL.
De acordo com ele, o Simepar é bastante conhecido como fonte de previsão do tempo, mas são diversas linhas de frente em projetos operacionais e de pesquisa que contribuem, inclusive, com o enfrentamento à crise hídrica atual. “O sistema é responsável pela prestação de serviços de monitoramento, previsão meteorológica, hidrológica e ambiental”, disse.
“Para fazer previsão com assertividade, e também qualquer estudo, precisamos de séries de dados, retiradas, por exemplo, da rede hidrometeorólogica do Simepar, que cobre todo o Paraná. Nossas estações são todas automáticas, transmitem dados em tempo real, passam por um rigoroso controle de qualidade e permitem monitorar impressionantes 199.000 quilômetros quadrados, ou seja, uma área que por 10.000 quilômetros quadrados não é equivalente à Grã-Bretanha”, disse Scortegagna.
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O engenheiro hidrólogo destacou, ainda, que o Simepar atua em conjunto com a Sedest, o Instituto Água e Terra (IAT), a Copel, a Sanepar e a Agência Nacional das Águas (ANA), para o monitoramento de dados e a geração de informações que contribuem para tomadas de decisões referentes à crise hídrica.
Entre os projetos ambientais em desenvolvimento, estão o Programa Paranaense de Mudanças Climáticas (ParanáClima), o Programa Monitor de Secas do Brasil, o P&D Desligamentos junto à Copel/Aneel, o Sistema de Suporte à Decisão do Sistema Cantareira/Bacias PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), e a Modelagem Hidrometeorológica dos Mananciais Paranaenses.
“Para realizar esses programas, investimos em diversas tecnologias, desde o sensoriamento remoto até a Internet das Coisas (IoT), que surgiu mais recentemente para densificar nossas medições. Além disso, temos investido em equipamentos e tecnologias de Hidrometria, a fim de melhorar as estimativas de vazão, e em Inteligência Artificial e técnicas de espacialização que permitem estimar com mais precisão a precipitação para fins de modelagem em rios”, afirmou.
CITYHUB – O evento organizado pelo CityHub conectou indústrias de diferentes setores, empresas de todos os portes, centros de pesquisa e inovação e startups. O objetivo foi impulsionar o desenvolvimento e a implantação de soluções voltadas às cidades inovadoras, mais inclusivas, acolhedoras e ambientalmente responsáveis. Todas as palestras podem ser vistas no link: CityHub - YouTube.