Setores imobiliário e de construção farão Dia D para combate à dengue

Ação será quarta-feira, dia 18. São parceiros do governo no combate ao mosquito entidades como o Creci, Sinduscon, Secovi, Ademi e Sindimóveis. Elas identificam casas e apartamentos fechados e obras e têm chaves para acesso aos imóveis.
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13/03/2020 - 15:10
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O Paraná ganha novos aliados na guerra contra a dengue. Na próxima quarta-feira (18), entidades dos setores imobiliários e da construção civil farão um Dia D contra a doença em imóveis fechados ou em construção de todo o Estado, para identificar possíveis focos do Aedes aegypti. A mobilização da ação foi encabeçada pela Secretaria de Estado da Saúde e pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, e também conta com o apoio da Superintendência Geral de Apoio aos Municípios do Governo.

São parceiros da ação o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (Creci), o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon), o Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi), a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi) e o Sindicato dos Corretores de Imóveis do Paraná (Sindimóveis). A ação foi alinhada em reunião dos representantes do governo com os dirigentes das entidades realizada no Palácio Iguaçu, na semana passada.

As obras, casas e apartamentos fechados podem ser ambientes propícios para a proliferação do mosquito. Por isso, a ideia do mutirão é identificar nesses imóveis possíveis criadouros. Os ovos e larvas podem ser encontrados em ralos, piscinas, lages, caixas d’água, lixo no quintal e em objetos que são deixados nas residências, como baldes e vasilhas.

“As entidades do setor serão nossas parceiras no evento, fazendo a identificação e eliminação dos criadouros naqueles imóveis que estão à venda ou para alugar. A ideia é que a ação ocorra em todos os municípios paranaenses”, explica o tenente Marcos Vidal, da Defesa Civil. “As imobiliárias têm a chave das residências, que ficam muito tempo fechadas e não podem ser acessadas pelos agentes de endemias municipais”, diz.

A ideia é que o monitoramento nas construções e residências fechadas seja permanente. Caso sejam encontrados recipientes com água parada, eles serão retirados. Onde houver confirmação do foco, a Secretaria da Saúde e a Defesa Civil tomarão as providências necessárias.

“O Estado e os municípios estão mobilizados desde o ano passado para conter os casos de dengue no Paraná, mas é preciso envolver toda a comunidade em ações de divulgação e prevenção contra o mosquito”, afirma o superintende de Apoio aos Municípios, Ricardo Maia.

O secretário da Saúde, Beto Preto, reforça que é fundamental a participação de todos os segmentos na guerra contra a dengue. "Temos um trabalho efetivo que não é mais da saúde, mas de governo. E a sociedade civil e as entidades podem nos ajudar muito. Ainda mais  neste segmento da habitação, pois a maior parte dos criadouros do mosquito está nas casas.  E uma ação de remoção dos criadouros precisa ser feita de forma intensiva nestes espaços".

ROTINA – A orientação do Creci, por exemplo, é que a identificação dos focos se torne rotina no trabalho dos profissionais do setor. A entidade, que representa 20 mil corretores e 4 mil imobiliárias de todo o Estado, está mobilizando todos os profissionais a aderirem aos mutirões do dia 18.

Entre as medidas sugeridas pela entidade está incluir protocolos de eliminação de criadouros nas vistorias e visitas aos imóveis, além de orientações aos locatários nos contratos de aluguel. “A ideia é ter ações permanentes, porque a dengue está afetando a vida de muitos paranaenses. Os corretores de imóveis poderão incluir em sua rotina os cuidados para evitar a proliferação do mosquito. Não dá muito trabalho, mas traz um resultado efetivo”, afirmou o presidente do Creci, Luiz Celso Castegnaro.

O Sinduscon, que representa cerca de 600 empresas da construção civil, vai usar suas redes sociais para orientar sobre as práticas para evitar o acúmulo de água nas obras de construção. “Há cerca de um ano, em todas as visitas a obras, distribuímos aos trabalhadores um material com orientações. Cada obra tem suas particularidades, mas é importante não deixar materiais expostos no tempo, para evitar os criadouros”, explica o superintendente do Sinduscon, Andreas Schiel.

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