A Secretaria de Estado da Fazenda realiza um curso de cinco semanas para 110 servidores sobre gestão orçamentária, financeira, fiscal e contábil. É mais uma ação para a modernização a gestão das finanças do Paraná. O curso é presencial, organizado pela Escola Fazendária, com financiamento do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID).
“Capacitações como esta são necessárias diante dos novos desafios que se impõem no dia a dia, em função das grandes mudanças e alterações ocorridas nos últimos anos nessas áreas”, afirma o secretário da Fazenda, Renê Garcia.
Entre as alterações que exigem capacitação e implicam reciclagem de conhecimentos estão a implantação do novo Sistema Integrado de Finanças Públicas (Siaf), a padronização de procedimentos contábeis a partir do novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) e as novas Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP), entre outros processos.
De acordo com o professor Paulo Henrique Feijó da Silva, analista do Tesouro Nacional e especialista em finanças e controle, a contabilidade pública passa por um momento de ajuste aos padrões internacionais. Autor de vários livros e palestrante em todo Brasil, Feijó conta que, em função de sua experiência no governo federal, trouxe também exemplos de boas práticas que podem ser aproveitados no Paraná.
Num momento em que o Estado enfrenta o desafio de desenvolver um novo sistema para controle das finanças, os profissionais da Secretaria da Fazenda, segundo Feijó, precisam rever seus conceitos e habilidades e olhar para o que se faz de mais moderno no mundo.
A DISTÂNCIA – Desde 1978, a Escola Fazendária do Paraná (Efaz) atua como centro formador voltado especialmente aos profissionais da Secretaria da Fazenda e da Receita Estadual. Mas também oferece cursos para um público que exerce atividades ligadas ao universo da Receita, como contadores, produtores rurais, servidores de prefeituras e emissores de notas fiscais.
De acordo com o coordenador da escola, Mário Sérgio Brito, esses cursos têm como objetivo esclarecer os processos e sistemas da Secretaria da Fazenda, para diminuir a possibilidade de erros e facilitar o desempenho das atividades desses profissionais. Apenas levando em conta o público interno, cerca de 1,5 mil servidores passam pela Efaz a cada ano.
Numa estrutura composta por duas salas de aula com capacidade para cerca de 50 pessoas cada, sala de reuniões, biblioteca e laboratório de informática, a Escola Fazendária oferece uma série de cursos durante todo o ano, com conteúdos os mais variados. Parte deles é ministrada também a distância.
São abordados desde assuntos técnicos até comportamentais, como a administração do tempo e o trabalho em equipe. Desenvolveu também um curso de língua portuguesa sobre o uso de crase, adotado por todas as demais secretarias da Fazenda dos outros Estados brasileiros.