O alerta da campanha Paraná Rosa encontrou eco na Controladoria-Geral do Estado com as histórias de servidoras que tiveram diagnóstico positivo para o câncer. O autoexame de mama salvou a vida de Mineia de Oliveira, hoje com 41 anos, servidora da CGE. Essa e outras experiências semelhantes foram relatadas por mulheres que receberam, com os outros empregados, o laço rosa, símbolo da campanha.
Elas reforçaram a importância do alerta para lembrar as mulheres sobre a necessidade de passar por exames periodicamente e de tomarem um tempo para cuidar de si.
Os servidores da CGE, desde a diretoria, se engajaram na campanha. “As mulheres representam metade dos servidores da CGE. É importante que o assunto seja lembrado, debatido e que todos prestemos atenção ao nosso bem mais precioso, que é a vida”, disse o controlador-geral do Estado, Raul Siqueira.
MOBILIZAÇÃO – O governador Carlos Massa Ratinho Júnior lançou na semana passada a mobilização Paraná Rosa, com ações de prevenção e promoção do cuidado integral da saúde das mulheres. Todas as Unidades Básicas de Saúde do Estado agendam os exames que detectam anormalidades nas mamas e no colo de útero.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Paraná registrou 3.730 casos de câncer de mama no Paraná no ano passado e 1.012 mortes de mulheres em decorrência da doença. Para favorecer o diagnóstico precoce, até de junho deste ano o Estado realizou 144.409 mamografias e 295.676 exames preventivos de câncer de colo de útero. O Paraná conta com 179 mamógrafos SUS distribuídos nas 22 Regionais de Saúde.
IMPORTÂNCIA – A coordenadora de Desenvolvimento Profissional da CGE, Mirian Simões, destacou que é fundamental o órgão se integrar a campanhas de sensibilização. “É preciso se cuidar e pelo menos uma vez por ano fazer os procedimentos, autoexames e consultas”, disse. Mirian superou um câncer de colo de útero, descoberto ainda na fase inicial com os exames de rotina.
Mineia de Oliveira por pouco não entra para as estatísticas negativas. Em 2016, com 38 anos, ela fez o autoexame e percebeu um caroço próximo à axila direita. “Eu não tinha o costume de me autoexaminar, mas foi minha sorte. Esse nódulo estava bem no início, bem pequeno, e eu consegui fazer tratamento menos agressivo. Tirei o quadrante do nódulo por cirurgia e fiz sessões de radioterapia”, descreveu.
Agora, ela faz o monitoramento para evitar novos sustos e é uma entusiasta das campanhas que lembram a mulher de cuidarem de si. “É muito importante a conscientização da necessidade de se fazer exames periódicos”, completou Mineia.
FAMÍLIA – Ana Cristina Scandelari tem 61 anos e há 20 é servidora estadual. Para ela, o autoexame só não basta, tem que fazer os exames complementares. “A doença de minha irmã foi muito agressiva e ela teve de tirar toda a mama e colocar prótese. Naquele tempo o exame não era obrigatório e diziam que não era necessário”, contou. “O importante é prevenir. Tem que ter campanhas também de educação alimentar, porque tem alimentos que facilitam o aparecimento da doença”, sugeriu Cristina.
Outra mulher da família de Cristina não teve a mesma sorte que sua irmã. Ela cuidava da mãe, que estava com câncer, e descuidou de si. “Quando ela foi ver, o nódulo estava do tamanho de uma laranja. Mesmo com a cirurgia e a quimioterapia, ela não resistiu. O câncer já tinha feito metástase”, disse Cristina, acrescentando que a mulher deixou filhos adolescentes.
Para a coordenadora de Controle Interno, Luci Netska, a divulgação e a conscientização são muito importantes. Por conta de casos de câncer na família, ela faz exames periódicos a cada seis meses. Sharlene Santos, que trabalha no mesmo setor, recém tinha passado pelo check-up médico. “A campanha faz com que a gente se conscientize da necessidade de controle e prevenção”.