O Governo do Estado iniciou nesta semana a implantação do Telediagnóstico em Eletrocardiograma (Tele-ECG) para municípios da 17ª Regional de Saúde de Londrina. Dos 21 municípios da região, 17 serão incluídos na oferta nacional de laudos online de eletrocardiograma com profissionais capacitados. O programa, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, está sendo implantado no Paraná pela Secretaria da Saúde. Uma equipe técnica capacitou profissionais dos municípios para realização do exame e prestou auxílio na instalação e configuração dos equipamentos necessários.
No telediagnóstico, após a realização do eletrocardiograma, as imagens são enviadas, de forma online, a um especialista que analisará e dará o seu parecer sobre o quadro clínico do paciente. Por conta da alta demanda, esse processo agiliza e otimiza o tempo para diagnósticos e tratamentos.
Londrina é a segunda Regional de Saúde a ser contemplada pelo serviço. Em 2021, foi implantado um projeto-piloto nos sete municípios da 1ª RS de Paranaguá. Até junho de 2024 foram realizados 65 mil exames de eletrocardiograma – com laudo do Tele-ECG – no Litoral. Para o mês de agosto estão previstas visitas nas Regionais de Saúde de Pato Branco e Toledo para a implantação da Tele-ECG.
Dentre os benefícios da adesão à Oferta Nacional de Telediagnóstico em Eletrocardiograma estão a emissão de laudos sem custo para o município e o tempo para receber os resultados dos exames, que nas situações de urgência e emergência são disponibilizados em até 10 minutos, e para os casos eletivos (de rotina) em até 2 horas.
QUALIFICAÇÃO – O objetivo é qualificar o atendimento em cardiologia na Atenção Primária (prestada nos municípios), auxiliando a rede de saúde a evitar complicações e mortes por doenças cardiovasculares. A expectativa é incorporar o serviço em cerca de 30 novos pontos espalhados em Unidades Básicas, ambulatórios, pronto atendimentos e hospitais.
Para os municípios de Ibiporã, Bela Vista do Paraíso, Cambé, Cafeara e Tamarana, a Secretaria estadual da Saúde doou eletrocardiógrafos, como forma de incentivo à adesão, já que eles não possuíam equipamentos compatíveis para realizar o exame.
De acordo com a profissional referência do programa e coordenadora do Núcleo Estadual de Telessaúde da Sesa, Jéssica Oliveira de Lima, a escolha das regiões para a implantação do Tele-ECG foi deliberada na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), instância de negociação e deliberação quanto aos aspectos operacionais do SUS no âmbito estadual, sendo constituída paritariamente por gestores da Sesa e dos municípios.
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“A expansão do Tele-ECG foi pactuada com os secretários municipais de saúde, por meio da
. Esta deliberação aprovou o início das ações em cinco regiões, de acordo com a manifestação de interesse dos gestores municipais, a existência de equipamentos compatíveis e a análise de dados extraídos dos sistemas de informação oficiais”, esclarece Jéssica.SISTEMA – A Plataforma Nacional de Telediagnóstico (PNTD) é um sistema que armazena em uma fila nacional os exames pendentes de laudo. Esta fila é organizada de acordo com critérios de prioridade previamente estabelecidos e pelo tipo do exame, como por exemplo o ECG.
De acordo com a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, o trabalho está sendo realizado gradativamente, pois envolve algumas mudanças não só estruturais como também de pessoal. “Estamos investindo em tecnologia, que trará mais agilidade aos atendimentos. A implantação da estratégia auxilia os municípios no cuidado às pessoas nos seus respectivos territórios, aumenta a resolutividade da gestão e otimiza os recursos públicos do município”, complementa.
No Paraná, o Núcleo Estadual de Telessaúde foi instituído pela Sesa, por meio da Resolução 1048/2019, e desde então oferece ações de telediagnóstico em dermatologia e eletrocardiograma por intermédio do programa nacional. Fazem parte deste serviço a teleconsultoria, telediagnóstico, tele-educação e segunda opinião formativa, envolvendo profissionais da saúde, gestores e usuários do SUS, com o objetivo de contribuir para a resolubilidade da Atenção Primária à Saúde e promover a sua articulação com a Atenção Especializada.