Secretário detalha avanço da ciência e tecnologia em entrevista à TV Paraná Turismo

Aldo Bona, da pasta de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, falou sobre a revolução nessa área e os avanços do Estado em inovação. Ele enfatizou o papel das universidades estaduais e de agências, centros e hubs de inovação, além de incubadoras e parques tecnológicos.
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17/07/2024 - 17:00

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Os investimentos do Governo do Estado destinados à ciência e tecnologia aumentaram quase dez vezes entre 2018 e 2024. Com os valores ampliados, as universidades e institutos de pesquisa paranaenses encontram um ambiente favorável para o desenvolvimento da ciência e para avanços na inovação. Em entrevista ao programa "Paraná em Pauta", da TV Paraná Turismo, nesta quarta-feira (17), o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Nelson Bona, explicou como acontece essa revolução na área e seu impacto para a população do Estado.

Em 2024, o Governo do Estado destinou R$ 708,9 milhões para o financiamento de projetos e programas estratégicos da área de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O montante é o maior já registrado na história do Paraná. Em 2018 foram alocados R$ 77 milhões para o setor. De acordo com Aldo Bona, com a ampliação do volume de recursos, o momento é oportuno para avançar no processo de inovação em todas as regiões do Estado.

“Ciência e tecnologia tem tudo a ver com desenvolvimento, é o motor do desenvolvimento de uma nação", enfatizou o secretário. Segundo Bona, o Paraná é um estado desenvolvido porque tem um conjunto de ativos tecnológicos muito bem distribuídos, na Capital e também no Interior, em que estão as universidades estaduais e outras instituições de ensino superior. “Isso claramente tem demonstrado o quanto a academia é fundamental no processo de desenvolvimento equilibrado do Estado”, destacou.

O Paraná tem sete universidades estaduais localizadas estrategicamente em cidades que cobrem todas as regiões do Estado. São mais de 90 mil estudantes, entre alunos de graduação de cursos tecnológicos, bacharelados e licenciatura; e de pós-graduação, em cursos de especialização e programas de mestrado e doutorado. Ao todo, as universidades estaduais somam 400 cursos de graduação, 350 de especialização, 200 de mestrado e 100 cursos de doutorado.

“Esses ativos potencializam o crescimento regionalizado de todo território paranaense”, afirmou Bona. “Um dos propósitos do governador Carlos Massa Ratinho Junior é transformar o Paraná no estado mais moderno e inovador do país. Além das sete universidades estaduais instaladas em 29 municípios, 188 ambientes promotores de inovação que são credenciados para potencializar e avançar no desenvolvimento de todo o Paraná”, comentou Bona.

A Seti articulou a criação do Sistema Estadual de Ambientes Promotores de Inovação (Separtec+), que reúne instituições aceleradoras do desenvolvimento, como agências, centros e hubs de inovação; espaços maker (espaços compartilhados de criação), incubadoras e pré-incubadoras, além de parques tecnológicos em operação, em implantação e em planejamento, em 46 cidades.

O Separtec+ é uma forma de o Estado identificar áreas e vocações regionalizadas. São exemplos de ambientes promotores de inovação o BioPark, instalado em Toledo, Região Oeste; o Cilla Tech Park, na Região Centro-Sul; e agências de inovação instaladas nas universidades públicas e privadas.

O secretário Aldo Bona enfatizou que esses locais são propícios para alavancar novas ideias, novas soluções. Ele afirma que o Paraná está preparado para crescer e se desenvolver de forma homogênea em todas as regiões. “Estamos nesse processo de desenvolvimento por meio do conhecimento. Os ambientes de inovação são locais onde surgem empreendimentos, empresas e novos negócios, ancorados em ciência e tecnologia. E o papel do Estado é fornecer as ferramentas como fomento e estrutura para que isso ocorra”, disse.

QUALIFICAÇÃO Outra forma de promoção do desenvolvimento por meio da ciência e tecnologia é qualificar a mão de obra. Um exemplo é o programa Talento Tech Paraná, criado pelo Governo do Estado. A iniciativa é tem a parceria entre a gestão pública, a sociedade e o empresariado.

“O desafio no mundo todo é a formação e retenção de talentos. E o nosso programa trabalha com a formação de estudantes para que eles permaneçam nos municípios de origem. Investimos desde a formação e incentivamos ofertando bolsa auxílio para o estudante se dedicar aos estudos e, quando formado, ele é direcionado para uma das grandes empresas da área de tecnologia que são parceiras do Estado”, disse o secretário.

PRÊMIO – Outro assunto abordado na entrevista à TV Paraná Turismo foi o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, que é organizado pela Seti para fomentar pesquisas e inovação. Nesta 37ª edição as áreas avaliadas são Engenharias e Ciências Biológicas. Há categorias para pesquisadores, estudantes, jornalismo científico e inventores independentes. Os ganhadores recebem prêmios que variam entre R$ 12,1 mil a R$ 36,4 mil. O secretário Aldo Bona afirma que a premiação é um reconhecimento muito importante.

“Eu digo que é o Oscar da academia paranaense e é efetivamente a maior honraria que o Governo do Estado concede em reconhecimento a pesquisadores tanto consagrados, como aqueles que estão iniciando a carreira, como os estudantes em iniciação científica”, disse Bona.

As inscrições para o 37º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia estão disponíveis AQUI.

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