Secretaria da Saúde recebe três mil máscaras-escudo

São Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) fundamentais para as equipes de saúde. Foram confeccionadas por empresa de São José dos Pinhais e serão entregues para Regionais de Saúde, unidades básicas e prefeituras.
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18/05/2020 - 17:50
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A Secretaria de Estado da Saúde recebeu nesta segunda-feira (18) três mil máscaras-escudo (face shields) para distribuir entre os municípios do Paraná. Os acetatos (material utilizado nas viseiras) foram adquiridos pela pasta e a produção foi uma ação de solidariedade do Grupo Simoldes, de São José dos Pinhais. A Superintendência de Inovação da Casa Civil, do Governo do Estado, ajudou na articulação.

As máscaras-escudo serão entregues para Regionais de Saúde, unidades básicas e prefeituras. Elas serão disponibilizadas para os servidores que têm contato diário com pacientes ou com a população.

São Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) fundamentais para as equipes de saúde. Elas servem como complemento para as máscaras comumente utilizadas pelos profissionais dos hospitais e das unidades básicas, do tipo N95. O objetivo principal é proteger a região dos olhos da contaminação.

“Esse envolvimento da sociedade, de empresas privadas e da sociedade civil organizada, é fundamental para que os insumos cheguem a quem realmente está na ponta. As doações dizem respeito a essa união da sociedade contra a Covid”, afirmou Nestor Werner Júnior, diretor-geral da Secretaria de Saúde.

Ele disse que os equipamentos ajudarão a proteger os profissionais de saúde e são uma amostra do poder de entrega da comunidade paranaense. “Quanto mais gente tiver engajada e quanto mais a sociedade puder entender esse momento, mais rápido podemos direcionar os recursos necessários, distribuir melhor as doações e fazer esse enfrentamento robusto”, complementou o diretor-geral.

GRUPO SIMOLDES – Esse modelo foi projetado na sede do Grupo Simoldes, em Portugal, e difere um pouco do que é produzido nas impressoras 3D. No primeiro caso o processo de construção de um arco leva, em média, uma hora. O processo de injeção idealizado por essa empresa dura apenas 34 segundos, e neste ciclo são injetados dois conjuntos de máscaras.

A filial brasileira começou o processo de usinagem antes do feriado da Páscoa e pouco tempo depois já começou a produzir os moldes. As peças levam polipropileno na composição e uma faixa de elastômero para ajudar a fixação na cabeça. A montagem é feita pelo próprio usuário a partir de instruções de montagem personalizadas.

“O Grupo Simoldes possui como clientes empresas do setor automotivo e incorporamos a produção das face shields na nossa planta que trabalha com a confecção de moldes de injeção de termoplásticos”, explicou Ivan Silva, diretor-adjunto da empresa no Paraná.

“O foco é em doação. Até tivemos interessados em aquisição, mas a doação é uma política da empresa, tanto na Europa como no Brasil. Também é uma forma de mostrar como o setor industrial tem compromisso com a sociedade”, ressaltou Silva. “O objetivo é que esses profissionais da saúde se sintam valorizados e protegidos”.

Em um mês foram produzidas 10 mil máscaras-escudo e o objetivo da empresa é alcançar 20 mil nos próximos dias. As primeiras peças foram doadas para familiares dos funcionários que trabalham diretamente com saúde. Também foram feitas entregas para o Senai Paraná, o Hospital Pequeno Príncipe, a Santa Casa de Curitiba e outras instituições de saúde, públicas e privadas.

MAIS DOAÇÕES – No começo de maio, as escolas de Medicina, Politécnica e de Belas Artes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e as gráficas de Curitiba entregaram 1,2 mil face shields para a Secretaria de Estado da Saúde. Elas já foram entregues para as secretariais municipais e para Regionais de Saúde.

REDE DE MÁSCARAS – Com apoio do Governo do Estado, cerca de 36 mil máscaras-escudo já foram fabricadas e chegaram a instituições públicas e privadas da saúde, secretarias municipais e forças de segurança do Paraná. Os equipamentos são fabricados pelas universidades estaduais e pelo sistema penitenciário. Além disso, o Estado também desenvolveu um sistema pioneiro de recolhimento e distribuição das máscaras-escudo feitas pela iniciativa privada, pública ou individual a partir de impressoras 3D e de máquinas mais modernas.

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