Secretaria da Saúde lança cartilha para orientar sobre violências contra as mulheres

O material, elaborado em parceria com a UFPR, tem o objetivo de informar sobre como prevenir e agir em situações de violência doméstica, sexual e obstétrica contra as mulheres, além de trazer informações de estratégias para a promoção da Cultura de Paz.
Publicação
30/08/2024 - 14:20
Editoria

Confira o áudio desta notícia

Com objetivo de informar e orientar a população e os profissionais de saúde sobre a violência contra as mulheres, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), lançou nesta sexta-feira (30), em formato online, a cartilha "Violência contra as mulheres: informe-se! Saiba o que fazer e como prevenir".

O material foi elaborado para informar sobre como prevenir e agir em situações de violência doméstica, sexual e obstétrica contra as mulheres, além de trazer informações de estratégias para a promoção da Cultura de Paz.

“É uma cartilha orientadora, pedagógica, que traz um assunto muito crítico, mas de uma maneira clara e acessível”, disse a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

“Acreditamos que a informação é a principal forma de acabar com a violência praticada contra as mulheres. Desta forma, esperamos que essa cartilha seja utilizada pelas mulheres como uma ferramenta que contribua para a mudança e transformação do cenário em que se encontram, e assim possam buscar os  caminhos para a interrupção do ciclo da violência”, acrescentou a coordenadora de Promoção da Saúde da Sesa, Elaine Cristina Vieira.

O texto traz informações sobre a Lei Maria da Penha, importante ferramenta para a prevenção e o enfrentamento da violência de gênero; formas de violência (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral; o ciclo da violência doméstica e suas fases, compreendendo escalada de tensão e uma lua de mel irreal; e todas as formas de ajudar mulheres que estão passando por essa situação. 

"Expressões, como 'em briga de marido e mulher ninguém mete a colher' ou 'a mulher vítima de violência doméstica está nessa situação porque gosta de apanhar', são comuns no nosso dia a dia e colaboram para a reprodução da violência em nossa sociedade. Muitas mulheres que sofrem violência doméstica não apenas são vítimas em suas casas, mas também são revitimizadas pela sociedade, família, amigos e colegas de trabalho, sendo responsabilizadas pela situação em que se encontram. Porém, o que essas mulheres precisam é de acolhimento, escuta sem julgamento e proteção. O caminho para sair dos ciclos da violência doméstica muitas vezes é longo e cada passo é importante", afirma a cartilha.

O texto também reforça os principais caminhos de denúncia com todos os telefones úteis, locais da Rede de Atenção à Saúde do Paraná e órgãos que podem auxiliar a denunciar, como Casa da Mulher Brasileira, Ministério Público, delegacias e Centros de Atendimento de Referência Social (CRAS). Caso a violência/agressão esteja acontecendo no momento, a orientação é ligar imediatamente para a Polícia Militar no 190, que encaminhará ajuda para garantir a segurança.

A violência de gênero é uma das formas mais cruéis de violência e que impacta negativamente a vida das mulheres em sua identidade, segurança, bem-estar social, físico e psicológico, entre outros prejuízos.

A forma mais comum de violência contra a mulher é a praticada pelo parceiro. Segundo estimativa da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), 38% dos assassinatos de mulheres no mundo são cometidos por parceiros íntimos do sexo masculino.

LINHA ESPECIAL – Além disso, o Paraná também possui a Linha de Cuidado Materno Infantil, que tem como objetivo apoiar a organização das ações e serviços de saúde, melhorando a assistência à saúde da mulher e da criança. Por meio dela, por exemplo que o Paraná manteve a liderança no ranking nacional de realização de consultas pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no primeiro semestre deste ano. 

Para mais informações sobre o assunto clique AQUI.

GALERIA DE IMAGENS