A médica o Ho Yeh Li, coordenadora da UTI e infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, veio a Curitiba a convite da Secretaria de Estado da Saúde para falar sobre o combate da febre amarela em São Paulo. O encontro é parte do planejamento e capacitação dos profissionais de todo o Paraná, intensificados desde o início do ano, ainda antes dos primeiros casos da doença serem registrados. Foram confirmados três casos de febre amarela no Paraná, nos municípios de Antonina (1) e Adrianópolis (2).
Em videoconferência com transmissão para todas as Regionais da Saúde do Paraná, a médica disse que o combate da febre amarela no Paraná está no caminho certo, “antecipando os problemas de forma bem preparada”.
Apenas em 2018, São Paulo registrou 503 casos, com 176 mortes. De acordo com Ho Yeh Li, o período de maior ocorrência da febre amarela vai de dezembro a maio. Em janeiro deste ano, São Paulo já confirmou nove casos – quatro deles evoluíram para óbito. O número de cidades com casos confirmados aumentou de 14 para 61.
“O Paraná está se preparando há muito tempo”, reforça a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado, Acácia Nasr. O importante, segundo ela, é que a população busque a vacina, disponível em todo o Paraná. Quem já a tomou em algum momento da vida não precisa repetir a dose. A vacina é a única forma de evitar a doença.
EXPERIÊNCIA – “O Paraná não deve passar o que São Paulo sofreu. Tivemos que começar do zero”, avalia a médica Ho Yeh Li. Ela acredita que a letalidade aqui será bem menor. “Essa troca de experiência vai favorecer, vai poupar tempo, dinheiro e energia para o Paraná”, acredita.
Ela salientou que hoje existe uma grande preocupação com pessoas que viajam, praticantes de ecoturismo e residentes em áreas rurais. No Paraná, as Unidades de Conservação do Litoral estão fechadas como forma de prevenção. É permitido apenas o acesso de pesquisadores mediante comprovação de que foram imunizados.