Desde o início de setembro, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) intensifica as ações para o enfrentamento da dengue, chikungunya e zika neste novo período epidemiológico das arboviroses 2023/2024, iniciado em 30 de julho. Uma dessas iniciativas reuniu profissionais da saúde dos municípios de abrangência da 9ª Regional de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, região com elevado número de casos durante o período anterior.
A oficina teve como principal objetivo a elaboração do Plano de Contingência Municipal para o enfrentamento de epidemias causadas pelo vetor Aedes aegypti. Durante o encontro, técnicos da Sesa alertaram os representantes dos municípios da 9ª RS – Foz do Iguaçu, Itaipulândia, Matelândia, Medianeira, Missal, Ramilândia, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu e Serranópolis do Iguaçu – sobre os possíveis surtos, epidemias e as principais ações a serem realizadas.
O Plano de Contingência prevê ações dos cinco componentes do Programa Nacional Controle da Dengue: Controle Vetorial, Atenção à Saúde, Vigilância Epidemiológica, Comunicação e Gestão e Mobilização.
“No período sazonal anterior foram contabilizados muitos casos não só de dengue, mas também de chikungunya. O Estado não mede esforços para conter a doença em todas as regiões, mas, onde foi registrado maior número de casos, intensificaremos nossas ações junto aos municípios”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
No período epidemiológico anterior (31/07 de 2022 a 29/07 de 2023), a 9ª RS contabilizou 19.542 casos de dengue e 23 óbitos pela doença, além de 575 diagnósticos de chikungunya, sem mortes. Neste novo ciclo, desde 30 de julho, são 107 casos de dengue e cinco de chikungunya, do total de seis no Estado.
INFORME SEMANAL – O boletim da dengue divulgado nesta terça-feira (12) pela Sesa registra 192 novos casos, sem óbitos pela doença no Paraná. O período epidemiológico 2023/2024 soma 764 casos confirmados e 6.397 notificações em todo Estado. Dos 399 municípios, 87 apresentaram casos autóctones, ou seja, quando a doença é contraída localmente, e 260 registraram notificações.
O mosquito Aedes aegypti também é responsável pela transmissão dos vírus que causam zika e chikungunya. Durante este período não houve confirmação de casos de zika, somente sete notificações. O novo boletim confirmou dois novos casos de chikungunya. Desde o o início do atual período epidemiológico há seis diagnósticos confirmados, cinco deles autóctones, e 80 notificações
MONITORAMENTO – A Sesa publicou também o informe entomológico com informações sobre o índice de infestação e depósitos predominantes do vetor. No período de 17 de junho a 14 de agosto, dos 399 municípios do Paraná, seis estão classificados em situação de risco entomológico para desencadear epidemia, 116 em alerta e 221 em situação satisfatória para o IIP (Índice de Infestação Predial). Os demais não enviaram informações ou não realizaram o monitoramento.
PRINCIPAIS DEPÓSITOS – O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) define depósito como todo recipiente utilizado para finalidade específica que armazene ou possa vir a armazenar água e que esteja acessível à fêmea do mosquito, onde ela pode depositar seus ovos.
Segundo o levantamento entomológico feito durante o período, mais de 66,3% dos criadouros são passíveis de eliminação, como vasos de plantas, pneus e lixo, sucatas e entulhos de construção, o que evidencia a necessidade de sensibilização da sociedade para o cuidado com seu domicílio e a intensificação dos serviços de limpeza urbana e destinação adequada de resíduos.
Confira AQUI o boletim da dengue divulgado nesta terça-feira (12) e outras informações detalhadas no site de monitoramento da doença.