A Secretaria de Estado da Saúde participou nesta quinta-feira (21) de um encontro com líderes religiosos na Assembleia Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro. O evento teve como foco a conscientização sobre a vacinação em meio à população paranaense.
De acordo com o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal considerada ideal para vacinas como BCG, Covid-19 e Rotavírus é de, no mínimo, 90% do público-alvo, enquanto para os demais imunizantes do calendário vacinal, a meta é de 95%.
Dados preliminares do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) revelam que a vacina da Hepatite B, administrada logo após o nascimento, encerrou o ano de 2022 com uma cobertura de 77,96%. A vacina BCG, contra a tuberculose, registrou uma cobertura de 87,54% no mesmo ano, enquanto a Tríplice Viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, administrada aos 12 e 15 meses de idade, encerrou 2022 com 89,59% de cobertura.
O secretário estadual Beto Preto entregou exemplares das novas Cadernetas da Saúde do Idoso, da Gestante e da Criança, documentos com orientações para ajudar no diagnóstico de condições de saúde. Ele também reforçou a importância da vacinação e a necessidade de ampliar as estratégias de imunização e do combate à dengue. Uma delas é pela orientação de lideranças comunitárias.
"Temos realizado um grande esforço para ampliar a cobertura vacinal no Estado, mas essa é uma batalha diária e que passa pelo convencimento da população. A pandemia foi reveladora em mostrar a importância dos imunizantes e é preciso aproximar as pessoas ainda mais da proteção", ressaltou.
Um dos principais tópicos da discussão foi a necessidade de ampliação da cobertura da dose bivalente contra Covid-19 no Estado, que hoje possui adesão de apenas 15% da população. "Estes números baixos acontecem devido a uma combinação de fatores que incluem, por exemplo, a disseminação de notícias falsas. Por isso, o trabalho em conjunto com a CNBB desempenha um papel vital para aproximarmos o diálogo com as pessoas e ampliar a prevenção de doenças, o que será valioso para o próximo Dia D da Vacinação, no dia 21 de outubro", ressaltou.
DENGUE – O combate à dengue também foi uma das prioridades da conversa. O último boletim epidemiológico, publicado na terça-feira (19), registrou 149 novos casos no Estado. Desde o início do período sazonal, em 30 de julho deste ano, foram 913 confirmações, sem óbitos.
"O diálogo e a conscientização sempre serão as principais ferramentas para direcionar as ações dos nossos cidadãos em relação à dengue. É preciso unir esforços para alcançar o maior número de pessoas, difundir as medidas de limpeza das casas e os cuidados básicos com água parada", concluiu o secretário.