A partir de um processo participativo, democrático e acessível, o Planejamento Regional Integrado para a área da saúde foi construído durante o ano de 2019. O relatório do PRI foi apresentado nesta quarta-feira (11), no Palácio Iguaçu, para representantes municipais, do Estado, dos consórcios e parceiros. Desde fevereiro, equipes da secretaria estadual percorreram o Estado promovendo oficinas e reuniões para identificar as necessidades da área de forma regionalizada.
O secretário estadual da saúde, Beto Preto acredita que o PRI é o caminho ideal para identificar onde e o que é preciso criar e ampliar saúde no Paraná. “Com essa ação ascendente queremos saber como está o serviço ofertado para a população, o que falta e o que podemos remanejar ou planejar para frente. Pensamos sempre em oferecer mais com menos para chegar à eficiência financeira e operacional que buscamos.”
Aconteceram mais de 20 oficinas, envolvendo cerca de 600 pessoas, entre técnicos municipais, estaduais, dos consórcios de saúde, além de prestadores e fornecedores da secretaria.
O diretor-geral da pasta, Nestor Werner Junior, avaliou o trabalho realizado nesses dez meses. “Descobrimos situações que não imaginávamos, derrubamos dogmas, temos agora o respaldo de quem está lá na ponta, quem entende e percebe o que é necessário. Não é a decisão tomada por uma ou duas pessoas em uma sala que vai definir o que vai acontecer com a saúde dos paranaenses”, explicou.
Werner destacou ainda o apoio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems-PR) para a elaboração do PRI. “O Cosems foi muito importante porque nos aproximou dos secretários municipais, nos apoiou e participou junto conosco desse percurso”.
O presidente do Cosems, Carlos Andrade, que também é secretário de saúde do município de Araucária, comentou que o processo de construção do PRI foi bastante democrático. “As equipes da Sesa ouviram todos, ouviram municípios grandes e pequenos, de forma ascendente, envolvendo todos os técnicos das áreas. Foi democrático e construiu uma proposta de acordo com os anseios dos gestores”.
De acordo com a secretaria de Estado, as prioridades sanitárias serão úteis também para a elaboração do Plano Estadual de Saúde, que norteará de forma ampla as ações para a área para o período de 2020 a 2023. O diretor da secretaria destaca que além do processo de construção ter ocorrido de forma diferenciada, a utilização do documento também será diferente de outros anos. “Esse processo todo consolidado não vai ser um documento de gaveta. Nós estamos em um momento diferente. Por isso o processo envolveu tantas instituições, tantas pessoas e tanto trabalho”.
O Plano Estadual de Saúde será apresentado em 19 de dezembro para o Conselho Estadual de Saúde.