A Sanepar está executando Vistorias Técnicas Operacionais (VTOs) no sistema de esgotamento sanitário de Marmeleiro, no Sudoeste do Estado. Neste trabalho serão visitados cerca de 900 domicílios, que representam 30% dos imóveis ligados na rede coletora de esgoto da cidade. Esta etapa de vistorias deve ser executada ao longo de 90 dias.
Será feita inspeção das ligações domiciliares de esgoto em imóveis residenciais, comerciais e industriais, a fim de conferir se a conexão das instalações hidráulicas de lançamento do esgoto dos imóveis foi executada corretamente.
A gerente-geral da Sanepar, Rita Camana, explica que as vistorias são necessárias para garantir a eficiência na operação do sistema de coleta e tratamento do esgoto. Segundo ela, o sistema de Marmeleiro tem mais de 55 quilômetros de tubulações que transportam o esgoto de 2.955 imóveis até a estação de tratamento.
“Tudo precisa estar funcionando adequadamente para atender os parâmetros ambientais definidos por legislação para os sistemas de coleta e tratamento do esgoto, e para que os efluentes sigam seu curso normal desde os imóveis até serem devolvidos aos cursos de água após terem sido tratados”, destaca Rita.
Nas VTOs são analisados o despejo correto do esgoto, a instalação da caixa de gordura de acordo com os padrões sanitários, o lançamento correto da água da chuva na galeria pluvial e também se há lançamento de esgoto em galerias pluviais.
O gerente regional de Francisco Beltrão, Nei Clóvis de Lima, exemplifica que se a água da chuva for canalizada para a rede coletora de esgoto pode provocar extravasamentos nas tubulações, nas ruas e refluxo para dentro dos imóveis. A forma correta é direcionar as conexões da água da chuva para as galerias de águas pluviais.
Ele diz que a situação inversa, ou seja, o lançamento de esgoto nas galerias pluviais, causa danos ambientais ainda mais graves, porque o esgoto vai parar nos rios sem o necessário tratamento. “O despejo irregular causa mau cheiro, poluição, proliferação de insetos e favorece o surgimento de doenças de veiculação hídrica”, alerta Nei.
PROCEDIMENTO – Para fazer esta inspeção, é imprescindível a entrada dos técnicos nos imóveis com a finalidade de testar os dispositivos sanitários e de águas pluviais. Nessa visita, os técnicos fazem testes com a aplicação de corantes líquidos nas instalações hidráulicas, à base de água, verificando sua apresentação na rede coletora de esgoto e/ou na galeria de águas pluviais. Os técnicos verificam também caixa de gordura, pias, tanques e ralos.
Se for encontrada qualquer anormalidade ou irregularidade, o morador é notificado para que faça as correções, com prazo de 30 dias. A partir daí será feita a segunda visita.
Os trabalhos serão feitos de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30 e aos sábados, nos mesmos horários, para os casos dos imóveis encontrados fechados durante a semana. A previsão é a de que as vistorias sejam concluídas no prazo de um ano.
IDENTIFICAÇÃO E SEGURANÇA – Como segurança para os moradores, as equipes da empresa JPR Ambiental, contratada para esse trabalho, vão utilizar uniformes e crachás de identificação de prestador de serviço para a Sanepar. Em caso de dúvida, os clientes podem entrar em contato com a Sanepar pelo telefone 0800 200 0115, por mensagem de WhatsApp no (41) 99544-0115, ou diretamente na Central de Relacionamento da Sanepar, na Avenida Dambros Piva, 101.
EXIGÊNCIA – Conforme determina o Código Sanitário Estadual, é obrigatória a ligação, na rede coletora, de todos os prédios residenciais, comerciais e industriais localizados em áreas servidas por sistema de coleta de esgoto.