A Sanepar faz um alerta à população de Toledo, no Oeste do Estado, sobre a importância do bom uso do sistema de esgotamento sanitário. Uma das maiores dúvidas dos moradores é com relação à instalação e manutenção das caixas de gordura dentro dos imóveis. Nos serviços de manutenção feitos pela Sanepar, a empresa constata que a gordura é a principal causa de entupimento da rede coletora de esgoto.
“Quando a Sanepar vai fazer a desobstrução da rede, verifica que o problema está na caixa de gordura. Na maioria das vezes, os donos dos imóveis não sabem que a limpeza deve ser feita periodicamente”, explica o gerente regional da Sanepar em Toledo, Eduardo Arrosi.
As caixas de gordura devem ser instaladas adequadamente e devem receber manutenção periódica. Tanto a fabricação como a instalação são definidas por norma técnica, que é a NBR 8160. “Esta norma garante a eficiência da caixa na separação de gordura. Atualmente, também, existem no mercado da construção civil caixas pré-fabricadas que facilitam a manutenção, por meio de uma cesta fácil de ser retirada e higienizada”, informa o gerente.
A limpeza destas caixas deve ser feita de acordo com tamanho da caixa e o uso do imóvel. O material retirado não deve ser despejado novamente na rede coletora e sim destinado ao sistema de coleta pública ou levado por caminhões auto-fossa.
Para identificar se o problema está no imóvel ou na rede coletora basta verificar um dispositivo que fica próximo ao alinhamento predial. É por meio dele que é feita a interligação entre a tubulação das casas e a rede pública. “Quando este dispositivo está cheio significa que o entupimento está ocorrendo na rede da Sanepar e, quando ele está vazio, o problema está na caixa de gordura ou na tubulação dentro do imóvel,” explica Arrosi.
VISTORIAS – A Sanepar mantém serviço de fiscalização e vistorias de rotina para orientar sobre o uso da rede coletora. Em Toledo, a Prefeitura não libera o habite-se sem a anuência da empresa de que os imóveis estão ligados adequadamente na rede coletora de esgoto. O trabalho dos técnicos é identificar se o esgoto está sendo lançado corretamente na rede pública.
Durante a vistoria, além de verificar a situação da caixa de gordura, os técnicos colocam corante nos vasos sanitários, pias, tanques e ralos para identificar qual o destino do esgoto e da água de chuva daquele imóvel. A água da chuva deve ser despejada nas galerias pluviais. E o esgoto deve estar ligado à rede coletora. Se o imóvel não está com a ligação correta, o proprietário é notificado e recebe orientações para fazer as adequações necessárias.
O lançamento indevido do esgoto doméstico na galeria pluvial provoca danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas. “O lançamento irregular causa mau cheiro, poluição, proliferação de insetos e favorece o surgimento de doenças pelo contato com a água poluída” diz. Já a irregularidade de despejo da água de chuva na rede coletora de esgoto pode provocar extravasamento e também prejudica o processo de tratamento.