A Sanepar e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) fizeram juntos um trabalho de recuperação do Rio Piava, que abastece a cidade de Umuarama. O manancial estava tão assoreado que, dos 50 quilômetros de seu curso natural de água, restavam apenas 28 quilômetros, conforme levantamento topográfico feito em 2021. Nesta sexta-feira (24), a Companhia e o Instituto promoveram o Dia de Campo – Manejo de Solo e Água, em que apresentaram os resultados da preservação do rio.
As ações de recuperação e conservação foram desenvolvidas durante 13 meses, em 45 propriedades rurais que compõem a Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Piava. Desde as conclusões do trabalho, a Sanepar não precisa mais utilizar uma draga que havia instalado no rio para retirar a areia, poder fazer a captação e, depois, o tratamento da água. O equipamento estava em operação desde 2016. A Companhia chegou a retirar num único dia 15 caminhões de areia, num total de 140 metros cúbicos. No total, foram 50 mil m³.
RECUPERAÇÃO – Foram readequados 52 km de carreadores, feitos o cercamento em 4 km de área da APA e a estabilização de 1 km de encosta nas áreas de maior inclinação do terreno. Também foi executada proteção em 15 km de áreas de nascentes. O controle de erosão atingiu 188 hectares de terra. As áreas conservadas contemplam 1.337 hectares, que consumiram 600 horas de trabalho.
“Esse trabalho mostra o compromisso da Companhia com os municípios e a preservação ambiental. Servirá de referência para as ações de conservação em outros mananciais”, afirma o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.
NOVA CAPTAÇÃO – O gerente-geral da Sanepar na Região Noroeste, Sergio Portela, afirma que o Rio Piava é a única e mais viável fonte de captação para o abastecimento público de Umuarama. Ele destacou que, dentro de 90 dias, está previsto o início das obras da nova captação no Piava, que irão aumentar a produção em 50%, além da ampliação da estação e tratamento de água, que passará de 290 litros para 435 litros por segundo. Os investimentos serão de R$ 42 milhões.
“Essas obras irão assegurar o atendimento pelos próximos 20 anos e, portanto, é fundamental esse trabalho de recuperação e conservação para que tenhamos água em qualidade e quantidade”, disse Portela.