Equipes da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Instituto Água e Terra (IAT) e da empresa Ecolibra (Engenharia, Projetos e Sustentabilidade) concluíram nesta segunda-feira (26) dez oficinas de trabalho para a elaboração de planos de manejo de cinco Áreas de Proteção Ambiental (APA), localizadas na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
O plano de manejo é um documento que trata de atividades permitidas e proibidas nas vizinhanças de APAs, buscando a proteção de ecossistemas, uma vez que essas áreas têm como principal objetivo a manutenção da qualidade e da quantidade de água de abastecimento público. Após a criação, o plano deve ter revisão periódica.
Segundo o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky, a elaboração dos planos de manejo é fundamental para que a gestão das APAs seja implementada por meio de programas de gestão, compatibilizando os usos do solo, as atividades econômicas e a proteção dos recursos hídricos, uma vez que as represas localizadas nestas áreas são responsáveis pelo fornecimento de água para mais de 3 milhões de pessoas.
“Num plano de manejo de Unidades de Conservação, como é o caso das APAs, é extremamente importante a integração com a sociedade. No caso das APAs, as pessoas vivem, trabalham, tem cidades, tem toda uma infraestrutura no perímetro. Então, é fundamental que as pessoas compreendam o planejamento, como usar e como preservar aqueles espaços”, disse o diretor.
Ele informou que a Sanepar fez uma parceria com o IAT em relação às Unidades de Conservação que protegem os mananciais da RMC, como Miringuava, Iraí, Piraquara, Passaúna e outras áreas verdes. “São áreas que protegem grandes mananciais e é de interesse da Sanepar o melhor manejo possível delas porque isso pode impactar na qualidade e na quantidade de água para o abastecimento público. A água é um ponto central no manejo dessas APAs, criadas justamente para proteger mananciais”, disse.
OFICINAS – As oficinas na RMC começaram em 19 de agosto em Piraquara, focadas na APA Estadual do Piraquara. O segundo evento ocorreu em São José dos Pinhais, no dia seguinte, abordando a APA Estadual do Rio Pequeno. Nos dias 22 e 23, as oficinas ocorreram em Campo Largo, preocupando-se com a APA do Rio Verde e com a APA Estadual do Passaúna. Os últimos eventos ocorreram nesta segunda-feira (26), em Pinhais, tratando da APA Estadual do Iraí.
Em todas essas Áreas de Proteção Ambiental os trabalhos para a construção do plano de manejo foram iniciados em 2023 e devem se estender até 2025. Para cada uma delas, houve uma oficina inicial, onde se buscaram contribuições dos participantes sobre o diagnóstico da APA, e uma oficina posterior, com considerações sobre o risco climático.
O diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto, explica que, por meio das oficinas, estão sendo identificadas as principais atividades executadas, a questão de moradias, o desenvolvimento da sociedade e da economia no entorno e a dinâmica de preservação da biodiversidade desses locais.
“Isso vai balizar os planos de manejo e a gestão dessas Unidades de Conservação, com critérios e regras objetivando principalmente a conservação dos recursos hídricos. Vale reforçar que essas APAs são focadas na proteção dos mananciais que abastecem Curitiba e a região, por isso a necessidade de estudos que balizem a execução de políticas públicas corretas”, acrescentou.
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Além de trabalhadores das três instituições, também participaram dos eventos representantes das comunidades locais e tradicionais, da sociedade civil, da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), secretarias e prefeituras municipais e outros agentes públicos, ligados à gestão sustentável das áreas protegidas de mananciais.