Mais uma parceria com o setor privado vai reforçar o atendimento de saúde e ajudar no combate ao novo coronavírus no Paraná. A Renault do Brasil e sua rede de concessionárias farão, gratuitamente, a recuperação e manutenção de ambulâncias do Siate.
O serviço do Corpo de Bombeiros, que é voltado ao atendimento de traumas de emergência, também poderá ser destacado para o deslocamento de pacientes emergenciais da Covid-19.
A montadora fará a recuperação de 11 veículos que estão fora de operação, além da manutenção de outras 23 ambulâncias para garantir a continuidade do funcionamento do serviço. A Renault vai fornecer as peças necessárias e as concessionárias vão disponibilizar oficinas e mão de obra sem custos para o Estado.
“A sociedade e o setor privado têm demonstrado muita solidariedade neste momento. Esta iniciativa da Renault é de grande importância para a área de saúde e se soma às ações do Estado para o enfrentamento ao coronavírus”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Além da manutenção das ambulâncias, a montadora também cedeu 10 veículos para a Defesa Civil do Paraná, que auxiliam na logística de distribuição de doações coordenada pelo órgão, e conta com uma parceria com o Senai para a manutenção de respiradores que estavam fora de uso.
Os aparelhos serão recuperados na fábrica da Renault em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, e no Instituto Senai de Tecnologia em Metalmecânica de Maringá, para voltar a serem utilizados nas UTIs de hospitais paranaenses.
“A Renault está há mais de 20 anos no Paraná e sempre teve a preocupação de ajudar no desenvolvimento social do Estado. Isso não seria diferente neste momento”, destaca o vice-presidente do Instituto Renault e diretor de Comunicação da empresa, Caíque Ferreira.
“Conversamos com os nossos parceiros para identificar suas maiores necessidades, colocando a empresa à disposição para o que fosse prioritário. Como grande parte das ambulâncias usadas no Estado é fabricada na nossa unidade do Paraná, pensamos na manutenção daquelas que não estavam rodando e acionamos nossa rede de concessionárias”, explica.
REPAROS – Os dois primeiros veículos, do modelo Master, foram levados nesta sexta-feira (03) às concessionárias Globo e Fórmula, de Curitiba, para iniciar os reparos. “Ao chegar aqui, já abrimos uma ordem de serviço para encontrar os problemas mecânicos, ver quais peças precisam ser trocadas para então substituí-las e colocar o veículo para rodar”, diz o gerente de pós-vendas da Globo, Gilberto Alecrim. “É muito importante e gratificante poder ajudar neste momento em que toda a sociedade precisa. Sabemos que o Estado não pode dar conta sozinha”, diz.
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA – O Siate é um dos componentes da Rede de Urgência e Emergência do Estado, uma rede de referência que abrange todo o Paraná. Assim como o Siate, as ambulâncias do Samu também estão preparadas para atender os casos mais graves de Covid-19.
O serviço conta com 240 ambulâncias, sendo 59 de suporte avançado (equipadas com UTIs móveis), além de cinco helicópteros que garantem um atendimento ainda mais rápido às situações de emergência de todo o Estado.
“Estamos nos preparando para atender as urgências e garantir a assistência rápida quando o caso é grave”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. “Caso seja necessário, vamos contar com mais ambulâncias para reforçar as transferências e fazer com que a rede funcione”, diz.
As equipes que atuam na rede estão sendo orientadas a reforçar os cuidados de proteção, dada a alta taxa de contágio do novo coronavírus. “Faz parte do trabalho de rotina o atendimento a pacientes com outras doenças transmissíveis, como a hepatite”, ressalta o diretor de Gestão e Saúde da secretaria, Vinícius Filipak. “Nossas equipes já fazem a preparação e limpeza das ambulâncias reiteradamente para proteger dos riscos de contaminação, mas os cuidados aumentam com a Covid-19”, acrescenta.
Ele também orienta que é necessário um cuidado maior de toda população neste momento de emergência sanitária, para demandar menos desses serviços. “Estamos perante uma situação de caráter emergencial nunca vista antes. A gravidade desse momento exige a colaboração de todos”, salienta.
“Então, mais do que nunca, é preciso evitar situações de risco e aumentar o cuidado no trânsito para diminuir acidentes. Cada UTI ou ambulância ocupadas neste momento acaba sendo uma vaga a menos para um possível paciente da Covid-19 que necessita do atendimento emergencial”, afirma.