A importância dos Portos de Paranaguá e Antonina para a cadeia logística de fertilizantes no País foi destaque no 16º Simpósio Sindiadubos Paraná, realizado nesta quinta-feira (27), no Centro de Eventos do Sistema Fiep, em Curitiba. O encontro presencial voltou a acontecer após dois anos de pandemia.
A empresa pública apresentou dados da movimentação de cargas, a evolução histórica da importação de fertilizantes, as medidas operacionais para agilizar a descarga do produto e os investimentos em infraestrutura terrestre e marítima, que devem chegar a R$ 2,4 bilhões até 2024.
O diretor de operações e diretor-presidente em exercício da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, afirmou que o destaque do Paraná no agronegócio faz com que os portos busquem eficiência. “São ações necessárias para se manter líder no mercado, com investimentos a curto e médio prazo em infraestrutura, foco no aumento da produtividade dos navios e na regulamentação, para dar mais segurança jurídica”, destacou.
Segundo ele, a empresa pública, como autoridade portuária, está atenta ao aumento de demanda do mercado. “Percebemos que operadores portuários estão investindo em armazenagem e em equipamentos de última geração, com a construção de novos armazéns voltados à importação de fertilizantes”, disse.
O presidente do Sindiadubos Paraná, Aluísio Teixeira, afirmou que a produção do agronegócio no Estado atrai o mercado. “Os participantes vieram em busca de informação para saber qual caminho tomar e atrás das novidades dos portos paranaenses e dos números de adubos no Brasil”, afirmou.
DESTAQUE – Os portos de Paranaguá e Antonina lideram o ranking nacional da importação de adubos, sendo a principal porta de entrada no País para o produto. Em 2021, a participação nacional dos terminais paranaenses chegou a 30%.
Na última década, a movimentação geral nos terminais paranaenses saltou de 44,5 milhões de toneladas para 57,5 milhões, em 2021. O crescimento é atribuído, em grande parte, aos granéis sólidos movimentados no Estado, principalmente fertilizantes. A evolução no período foi de 8,9 milhões de toneladas, em 2012, para 11,5 milhões, em 2021.
Outro destaque é a origem diversa dos fertilizantes que chegam ao Paraná, com destaque para Rússia, China, Canadá, Marrocos, Estados Unidos, Belarus, Egito, Catar, Argélia e Nigéria. Entre os principais produtos descarregados no Estado, estão: cloreto de potássio, sulfato de amônio, ureia, map, superfosfato simples (outros), superfosfato, minerais ou químicos, fosfatos de cálcio, fertilizante mineirais químico com nitrogênio e fósforo, adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, nitrato de amônio.
RELEVÂNCIA – O evento contou com a participação de importadores e operadores portuários de diversos estados e dos principais países exportadores de fertilizantes para o Brasil, como China, Rússia e Emirados Árabes.