A reforma do Parque Estadual Ilha das Cobras, local que abrigava a residência oficial de veraneio do Governo do Estado, atingiu a marca de 31,64% das obras. A última medição, no final do mês passado, aponta que já foi realizada boa parte da demolição prevista, reparos no telhado, intervenção de piso e forro, hidráulica e elétrica, entre outros serviços.
No local, será implantada a Escola do Mar, um espaço para o ensino de gastronomia, turismo e educação ambiental, com a finalidade de ofertar qualificação para a população que vive no Litoral do Paraná. O investimento por parte da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), é de R$ 2,2 milhões.
Do montante, R$ 1,8 milhão será utilizado na reforma estrutural das cinco edificações existentes e outros R$ 400 mil na elaboração do plano de manejo do parque. Os recursos são oriundos de medidas compensatórias de licenças ambientais emitidas pelo órgão.
De acordo com o secretário Márcio Nunes, além de uma nova proposta para o turismo, as obras respeitam a conservação do meio ambiente. “É uma oportunidade para que as famílias, especialmente do Litoral, possam se aprimorar, o que vai aumentar a geração de emprego e renda à população tradicional. Teremos um novo espaço sustentável, com foco na educação ambiental”, disse.
Segundo o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto, é o plano de manejo que vai nortear a melhor maneira de uso da edificação, dentro das premissas estabelecidas pelo Estado. “O parque é um local com uma riqueza ambiental imensa, no meio da Baía de Paranaguá, entre o Parque Nacional de Superagui e o Parque Estadual da Ilha do Mel. Então, ele acaba sendo um grande berçário e ponto de descanso da fauna, como as tartarugas”, disse.
Ele destaca, ainda, que o plano de manejo servirá também para dar embasamento ao convênio que será assinado com a instituição que administrará a Escola do Mar. “Vai haver uma interface entre quem vai lá para visitação, com área de pesquisa e podendo buscar capacitações, que denotem e valorizem toda a cultura caiçara, a preservação e a conservação ambiental”, destacou.
São 52 hectares de área remanescente de Mata Atlântica. A estrutura do local conta com trapiche, casa de força, espaço de apoio, alojamento de pesquisadores, residências do guarda e a casa principal.
OBRAS – Além da reformulação da sede principal, o programa contempla a reforma de duas edificações à beira do mar. Uma delas será transformada em laboratório para pesquisas e a outra em alojamento para os próprios pesquisadores. Haverá ainda um ponto de segurança e outro para guardar o gerador de energia elétrica.
A Copel também anunciou o investimento de mais de R$ 4 milhões na implantação de um sistema de geração solar-fotovoltaica associado a baterias de última geração para fornecer a eletricidade necessária à ilha. Já a Sanepar construiu uma estação de tratamento e distribuição de água e doou equipamentos.
ESCOLA – Os cursos terão como foco principal a gastronomia regional, o turismo e a hotelaria, mas o Governo do Estado também planeja oferecer outras opções, como de aquicultura (produção de ostras, mariscos e camarão) e de educação ambiental. A ideia é diversificar as atividades, de acordo com as necessidades da região, incluindo aulas de idiomas.
A área também tem potencial para se transformar em um centro de apoio ao artesanato caiçara regional. Há a possibilidade, ainda, de abrigar um restaurante-escola aberto para a visitação de turistas, e locais para conferências e apresentações.