Referência nacional no cuidado aos idosos, Paraná quer expandir parceria com a OMS nessa área

O Governo do Estado recebeu nesta sexta-feira (31), no Palácio Iguaçu, a representante da Organização Panamericana de Saúde e Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) no Brasil, Socorro Gross Galiano. O encontro ocorreu logo após Curitiba receber a certificação do programa Cidades e Comunidades Amigas da Pessoa Idosa.
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31/03/2023 - 17:50
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O Governo do Estado recebeu nesta sexta-feira (31), no Palácio Iguaçu, a representante da Organização Panamericana de Saúde e Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) no Brasil, Socorro Gross Galiano, para discutir a viabilidade de novas parcerias entre o Governo do Estado e a organização, com o objetivo de potencializar políticas públicas voltadas aos idosos nos 399 municípios paranaenses.

O encontro ocorreu logo após Curitiba receber a certificação do programa Cidades e Comunidades Amigas da Pessoa Idosa, da OMS, entregue ao prefeito Rafael Greca por Galiano durante a celebração dos 11 anos do Hospital Municipal do Idoso, no Pinheirinho, pioneiro no atendimento a pacientes com mais de 60 anos.

O Paraná é o Estado com o maior número de cidades reconhecidas como amigas das pessoas idosas. “O Brasil tem 32 cidades reconhecidas em todo o Brasil, e destas, 22 estão no Paraná. Estamos aqui porque o Estado tem políticas de proteção social que são muito importantes e abrangem os municípios grandes como Curitiba mas também os pequenos”, ressaltou Galiano. “Nossa visita é para promover essa cooperação com a OMS e reconhecer o trabalho feito pelo Estado”.

“Foi um encontro sensacional. Temos um índice enorme de idosos e precisamos ter esse olhar para os municípios porque a população está lá. Queremos trabalhar e melhorar a condição de vida dessas pessoas e ao mesmo tempo ter um olhar preventivo. Precisamos fortalecer esses laços para que o Paraná conquiste muito mais reconhecimento”, destacou a primeira-dama, Luciana Saito Massa.

Com a parceria entre o órgão e o Estado, a ideia é que o Paraná passe a coordenar as políticas voltadas ao público idoso de maneira mais abrangente, orientando os municípios para que adotem as mesmas estratégias utilizadas pelas cidades que já conquistaram o reconhecimento. De acordo com a secretária estadual de Mulher e Igualdade Racial, Leandre Dal Ponte, que articulou o encontro, o Paraná tem um enorme potencial para se tornar referência internacional no desenvolvimento de políticas públicas para idosos.

“O Estado tem o maior número de cidades habilitadas, nós podemos não ter apenas as cidades reconhecidas, mas ser um Estado amigo das pessoas idosas, aproveitando essa expertise da OMS para fazer um grande trabalho”, disse. A partir dos próximos meses, a política estadual dessa área vai ser incorporada à Secretaria de Mulher e Igualdade Racial.

Já pensando em uma continuidade do trabalho, o Estado e a organização estão em tratativas para realizar um encontro da Rede Global de Cidades e Comunidades Amigáveis às Pessoas Idosas aqui no Paraná.

Os municípios reconhecidos com o certificado internacional da OMS foram Chopinzinho, Sulina, Itapejara d´Oeste, Dois Vizinhos, Nova Esperança do Sudoeste, Realeza, Pérola do Oeste, Santo Antônio do Sudoeste, Renascença, Bom Sucesso do Sul e Santa Tereza do Oeste, Salgado Filho, Vitorino, Capitão Leônidas Marques, Prudentópolis, Colombo, Capanema, Enéas Marques, Cascavel, Irati, Barracão, e Planalto.

O projeto é uma iniciativa conjunta da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para incentivar a promoção de ações e políticas públicas a esta população, a participação ativa dos conselhos municipais da defesa dos direitos da pessoa idosa e a realização de ações para enfrentamento das vulnerabilidades.

Uma cidade amiga de pessoas idosas adapta serviços e estrutura para ser mais inclusiva e receptiva às necessidades de sua população, à medida que envelhece. Além disso, incentiva o envelhecimento saudável, otimizando recursos para melhorar a saúde, a segurança e a inclusão das pessoas idosas na comunidade.

O primeiro passo para pleitear o reconhecimento de Cidade Amiga do Idoso é a elaboração de um diagnóstico sobre a realidade do município, com as principais necessidades e ações voltadas a essa população. O Paraná conta com uma metodologia própria de diagnóstico, desenvolvida pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em conjunto com as universidades estaduais e outras instituições, e baseada nos guias globais de Cidade Amiga do Idoso e das Cidades Amigas das Pessoas Idosas, da OMS.

A abordagem leva em conta as oito dimensões propostas pela OMS: Ambiente físico; Transporte e Mobilidade Urbana; Moradia; Participação; Respeito e Inclusão Social; Comunicação e Informação; Oportunidades de Aprendizagem; Saúde, Apoio e Cuidado.

AÇÕES – O Governo do Estado já desenvolve uma série de ações voltadas para a população idosas e tem projetos pioneiros no Brasil, como a construção da Cidade do Idoso, em Irati, e o Viver Mais Paraná – condomínios exclusivos para idosos com casas adaptadas e espaços de uso comum dos moradores, como academia ao ar livre, ambulatório, biblioteca, centro de convivência, piscina térmica, biblioteca, horta comunitária e quiosques de jogos, além de visitas periódicas de médicos, enfermeiros, educadores físicos e assistentes sociais do município.

Além disso, a política de inclusão digital do Paraná já atendeu 15 mil idosos.  A iniciativa da companhia, que auxilia vovôs e vovós a personalizar o celular, colocar ou trocar o papel de parede, aumentar o volume, o tamanho das letras, editar e excluir contatos, ler e responder as mensagens, fotografar, filmar, localizar os arquivos gerados e excluir itens do celular, já recebeu um prêmio que reconhece ações institucionais e governamentais.

PRESENÇAS – Participaram do encontro os secretários estaduais de Comunicação, Cleber Mata, e de Cidades, Eduardo Pimentel; a superintendente de Desenvolvimento Econômico e Social, Keli Guimarães; os diretores-gerais da Casa Civil, Luciano Borges, e da Secretaria da Mulher e Igualdade Racial, Diego Boligon; e o coordenador da Defesa Civil, Fernando Raimundo Schunig.

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