Recursos do BRDE movimentam
R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre

O banco encerrou o período com R$ 1,1 bilhão em operações de crédito contratadas, valor que atinge R$ 1,4 bilhão na região Sul somadas as contrapartidas dos próprios empreendedores. Só no Paraná, contratou 35,7% deste montante que correspondem a R$ 386,2 milhões em operações.
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30/08/2019 - 15:00
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O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) encerrou o primeiro semestre deste ano com R$ 1,1 bilhão em operações de crédito contratadas. O montante representa um crescimento de 35,1% na comparação com igual período do ano anterior.

Somados às contrapartidas dos próprios empreendedores, os financiamentos viabilizaram R$ 1,4 bilhão em investimentos na Região Sul, dos quais R$ 525 milhões no Paraná. Esses investimentos foram responsáveis pela manutenção e geração de cerca de 20 mil postos de trabalho e o incremento de R$ 162 milhões/ano em impostos para a Região Sul. No Estado, foram mantidos ou gerados 7,5 mil empregos.

Só no Paraná, o BRDE contratou 35,7% deste montante que correspondem a R$ 386,2 milhões em operações. Comércio e serviços é o segmento de destaque no Estado com 61% do total de recursos, correspondentes a R$ 236 milhões. Mostrando sinergia com o Governo e com o objetivo estratégico de fomentar o Estado, 58,6% dos financiamentos paranaenses foram para produtores rurais e micro, pequenas e médias empresas, valor que chega a R$ 226,3 milhões.

Esse resultado foi anunciado pelos diretores Wilson Bley Lipski (de Operações) e Luiz Carlos Borges da Silveira (administrativo financeiro) nesta sexta-feira (30) em reunião com os colaboradores do Paraná.

“O desempenho é um reflexo das diretrizes dadas pelo governador Ratinho Junior e também do comprometimento de toda a equipe do BRDE, que tem trabalhado para oferecer soluções de crédito adequadas para todos os empreendedores que acreditam no potencial de desenvolvimento do Paraná”, explica o diretor de Operações, Wilson Bley Lipski.

RESULTADO - O lucro líquido apurado pelo BRDE no primeiro semestre de 2019 foi de R$ 109,6 milhões, o que representa um incremento de 66,7% em relação a igual período do ano anterior. Este é o melhor desempenho do primeiro semestre na história do banco.

O resultado do primeiro semestre foi impactado também pela melhoria da carteira de crédito. Outro fator relevante para o recorde foi a redução do índice de inadimplência (a partir de 90 dias), passando de 2,84% no primeiro semestre de 2018 para 0,88% ao fim de junho de 2019.

“No Paraná, a inadimplência se mostrou ainda menor, apenas 0,38%, reflexo direto da qualidade da carteira e da economia empresarial saudável pronta para a retomada do crescimento”, aponta o diretor administrativo financeiro, Luiz Carlos Borges da Silveira.

O percentual alcançado pelo BRDE é menor do que o apresentado pelo conjunto de bancos públicos (2,7%) e inferior ao de todo o Sistema Financeiro Nacional – SFN, com 2,93%. De janeiro a junho, o BRDE renegociou 91 contratos com empresas com baixo grau de liquidez no curto prazo, mas avaliadas como viáveis no médio e longo prazo. O montante contratado atingiu R$ 105,1 milhões, permitindo a continuidade operacional e a manutenção dos empregos.

DESTAQUES OPERACIONAIS - No fim de junho, a carteira de crédito do banco somava R$ 13,4 bilhões, distribuídos em 45.535 operações ativas e aproximadamente 34,5 mil clientes,localizados em 89,9% dos municípios do Sul.

“Somente o Paraná atende 40% dos clientes do banco, chegando ao valor de R$ 5,3 bilhões em créditos. O setor de agropecuária, somando agroindústrias e projetos de armazenagem de grãos, representa 60% do total da carteira do Estado, valor que chega a R$ 3,18 bilhões”, explica Lipski.

O ativo total alcançou R$ 16,8 bilhões. Do saldo de financiamentos, 32% estavam aplicados no setor agropecuário, 25% na Indústria, 22,3% no segmento de Comércio e Serviços e 20,7% na Infraestrutura.

No primeiro semestre deste ano foram registradas 1.086 novas operações de crédito. O BRDE é tradicional financiador do agronegócio da Região Sul. Entre os programas agrícolas do governo federal, liderou os repasses das linhas do BNDES Prodecoop (para desenvolvimento de cooperativas) e PCA (para projetos de armazenagem), mesmo atuando apenas na região Sul.

Do montante de R$ 1,1 bilhão contratados no primeiro semestre, R$ 123,7 milhões referem-se à concessão de crédito ao setor agropecuário. Dos 471 novos contratos do setor, 395 correspondem a financiamentos concedidos a pequenos produtores.

De janeiro a junho deste ano, o segmento da Indústria foi responsável por R$ 352 milhões em contratações em 95 operações, enquanto empresas da área de comércio e serviços realizaram outras 175 operações de crédito, num montante de R$ 386,2 milhões. O setor de infraestrutura foi responsável por R$ 219,9 milhões em contratações, em 345 operações.

FUNDINGS E RECURSOS EXTERNOS - O sistema BNDES segue como a principal fonte de recursos, com 72,4% das operações contratadas no período. Entre todos os agentes financeiros repassadores de recursos do BNDES, o BRDE liderou o ranking na região e ficou em 6º lugar nacionalmente.

Os recursos próprios ocupam a segunda posição, com 9,9%, FGTS com 4,4%, Fungetur com 3,5%, AFD com 2,7%. Os financiamentos à inovação com recursos da Finep, equivalem a 5,8% do total contratado. De janeiro a junho deste ano, o BRDE manteve a liderança nacional entre os repasses da linha Finep Inovacred.

Em maio de 2019, a Comissão de Financiamentos Externos do Ministério da Economia aprovou a carta consulta do BRDE para operação de US$ 125 milhões com o Banco Mundial. Os recursos serão usados para financiar projetos voltados à redução do impacto negativo de eventos climáticos extremos e das consequências da mudança no clima e, também, para a construção de uma maior resiliência dos municípios da região a desastres naturais.

O BRDE também está em negociação com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para uma linha de crédito no montante de até US$ 70 milhões para financiar programas estratégicos na Região Sul. Já parceiro do BRDE, o BID estuda a estruturação de um segundo programa com recursos externos no valor de US$ 100 milhões.

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