Publicação do IDR-Paraná discute oportunidades da citricultura no Vale do Ribeira

Responsável por cerca de 20% da produção paranaense de citros, com predomínio da pequena produção familiar, o Vale do Ribeira abrange os municípios de Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná.
Publicação
28/10/2022 - 11:00

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O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) lançou nesta quinta-feira (27) o informe técnico “Citricultura no Vale do Ribeira paranaense: riscos e oportunidades”, em solenidade na Câmara Municipal de Cerro Azul (a 90 quilômetros de Curitiba).

A publicação levanta aspectos históricos, econômicos e técnicos relacionados ao cultivo de citros para traçar um minucioso perfil da produção.

“Esta obra sistematiza informações cruciais, estamos entregando uma importante ferramenta para os agentes envolvidos na formulação de políticas públicas na região”, disse Natalino Avance de Souza, diretor-presidente do IDR-Paraná.

Responsável por cerca de 20% da produção paranaense de citros, com predomínio da pequena produção familiar, o Vale do Ribeira abrange os municípios de Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná.

Cerca de 90% da área de citros no Vale do Ribeira é destinada ao cultivo de ponkan, fruta que é reconhecida e disputada pelo sabor diferenciado em comparação a outras regiões brasileiras, aponta o pesquisador Pedro Antonio Martins Auler, gerente de pesquisa do IDR-Paraná e um dos autores da obra.

Para Auler, essas tangerinas se adaptam muito bem à região e seu cultivo tem potencial ainda maior. Ele destaca a condição fitossanitária vantajosa do Vale do Ribeira, uma zona ainda isenta de doenças como a CVC, o HLB e o cancro cítrico.

O pesquisador aponta que é preciso reforçar as medidas preventivas para evitar a entrada dessas doenças na região, assim como aprimorar a tecnologia de produção. “Precisamos ganhar produtividade, ampliar o período de colheita e também a variedade de tangerinas, pois a produção se concentra na cultivar Ponkan”, analisou.

Ainda no campo técnico, são tratados na obra itens como o incremento à adoção de sistemas conservacionistas para evitar a erosão e o aperfeiçoamento do manejo de pragas, doenças e plantas invasoras.

Outra ação defendida no informe é o fortalecimento do cooperativismo. “Isso é fundamental para organizar a produção e inserir o produto da região no mercado estadual e nacional”, concluiu.

OBRA – Juntamente com Auler, assinam a publicação Rui Pereira Leite Júnior, Zuleide Hissano Tazima, Luciano Grillo Gil, Tiago Santos Telles, Heverly Morais, Clandio Medeiros da Silva, Laís Gomes Adamuchio e Eduardo Augustinho dos Santos, todos do IDR-Paraná.

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